Lula quer usar dinheiro dos impostos pagos pelos brasileiros em movimento oposto ao de mais de 16 países que suspenderam ajuda depois que foi descoberta participação no Massacre de 7 de outubro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai usar o dinheiro pago pelos trabalhadores brasileiros em impostos no Brasil para aumentar ainda mais a doação à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), que participou ativamente da organização e execução do massacre de mulheres, jovens, idosos desarmados e até bebês no dia 8 de outubro em Israel.
O movimento é o oposto ao de outros países como os Estados Unidos, Reino Unido, Japão e mais de uma dezena de outros países, que suspenderam o financiamento ao principal órgão da ONU na Faixa de Gaza após o escândalo do envolvimento direto de funcionários da agência com os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro.
Lula também conclamou a comunidade internacional a “manter e reforçar suas contribuições” e declarou: “Meu governo fará aporte adicional de recursos para a agência”. Vários países suspenderam o financiamento à UNRWA no final de janeiro, depois que o secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou que vários de seus funcionários estiveram envolvidos nos ataques terroristas de 7 de outubro que massacraram civis desarmados e sequestraram.
“As recentes denúncias contra funcionários da UNRWA precisam ser devidamente investigadas, mas não podem paralisá-la”, disse o petista em discurso na Embaixada da Palestina, onde foi homenageado em um jantar.
A homenagem foi oferecida em nome do Conselho de Embaixadores Árabes no Brasil e dos Embaixadores dos Estados Membros da Organização de Cooperação Islâmica. O compromisso não estava previsto na agenda oficial do presidente.
o petista plantou uma árvore ao lado de Ibrahim Alzeben. O embaixador disse que o petista estaria “plantando esperança para o povo palestino e para o mundo”.
Além de Lula, participaram do jantar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; de Relações Exteriores, Mauro Vieira; e da Justiça, Ricardo Lewandowski. Também estiveram presentes o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
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