Lula disse que só Hitler fez algo parecido com a guerra contra os terroristas, quando ditador alemão resolveu matar os judeus
O governo de Israel declarou nesta segunda-feira (19) que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma “persona non grata”, ou seja não é bem vindo e está proibido de ir àquele país.
A decisão aconteceu depois que Lula comparou as ações militares de Israel em busca de terroristas do Hamas, na Faixa de Gaza, ao extermínio de judeus na Segunda Guerra mundial.
“Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nas redes sociais.
O termo “persona non grata” (alguém que não é bem-vindo, em tradução livre) é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. O termo foi descrito no artigo 9 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.
Katz afirmou também que “a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.
Cerca de 24 mil pessoas já morreram no conflito, que começou no início de outubro de 2023.
No final da semana, Lula classificou como “genocídio” e “chacina” a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas no início de outubro. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.
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