Imóvel que pertenceria a Tuta, ex-líder do crime organizado, tinha na garagem, Porsche em nome de amigo do influenciador para “boa saúde” envolvido com o tráfico
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) levantou durante investigações o fato de que um automóvel Porsche em nome de Fábio Spinola, estava na garagem de um imóvel que pertenceria a Marcos Roberto de Almeida, vulgo Tuta, ex-líder do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A situação de Cariani se complica, já que Fábio Spinola é apontado pela Polícia Federal (PF) como o elo entre ele e os traficantes. Ambos foram denunciados e viraram réus no mês passado por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.
A PF identificou mensagens de Whatsapp que mostram a relação entre Spinola e Cariani. Para complicar, Cariani acionou Spinola no dia em que ele foi alvo de uma operação contra tráfico de drogas no Porto de Paranaguá (PR), no ano passado. Os dois amigos também fizeram ao menos uma viagem juntos, para Cancún, no México, em 2015. Cariani nega as acusações.
Ambos são acusados pela PF de fazer 60 transações camufladas de produtos químicos para a produção de pelo menos 15 toneladas de cocaína e crack.
Em 2020, uma busca e apreensão feita em um endereço ligado a Tuta, investigado por lavagem de dinheiro do PCC, encontrou a Porsche de modelo Macan em nome de Fábio Spinola.
O veículo estava na garagem de um prédio no Morumbi, bairro nobre de São Paulo. Segundo o Gaeco, o apartamento foi comprado por Tuta em 2017, pelo valor de R$ 1,2 milhão, por meio de um laranja investigado no esquema de lavagem.
Tuta foi condenado na última terça-feira (27) a 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro pela Justiça de São Paulo. Ele lavou R$ 1 bilhão do PCC, segundo a condenação. Tuta está foragido. Ele desapareceu após suspeita de ter desviado dinheiro da facção que o jurou de morte.