Bigtech usa poder de mercado para ter mais lucro sobre consumidores, segundo denúncia formalizada na Justiça norte-americana
A Apple foi processada pelo Departamento de Justiça dos EUA e mais quinze estados americanos nesta quinta-feira (21) , sob a alegação que a bigtech monopolizou ilegalmente os mercados de smartphones durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden.
A ação antitruste, movida no tribunal federal de Nova Jersey, alega que a empresa usou o controle rígido que mantém sobre seu ecossistema de smartphones para “se envolver em uma conduta ampla, sustentada e ilegal”.
Isso fez com que o iPhone piorasse de várias maneiras, diz o Departamento de Justiça.
Segundo o procurador-geral Merrick Garland, “Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”. Em em comunicado, ele também afirmou que “Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones, alegou Garland.
A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon.
O Departamento de Justiça, que também se juntou ao Distrito de Columbia no processo, alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes.
O processo está relacionado ao controle da Apple sobre seus próprios produtos e argumenta que ela os controla demais. Utilizou esse controle para aumentar o seu próprio poder à custa dos seus clientes e de outros, argumenta.
O governo dos EUA apontou uma série de locais onde isso acontece. O próprio aplicativo de mensagens da Apple, por exemplo, funciona melhor com outros iPhones; os usuários só podem usar seu próprio aplicativo Wallet ao tocar para pagar; o Apple Watch funciona de maneira mais integrada com o iPhone do que qualquer outro smartwatch.
Tudo isso contribui para uma concorrência desleal, argumenta o governo. Os desenvolvedores não conseguem criar aplicativos para competir com os fabricados pela Apple, e o mesmo problema é enfrentado por aqueles que fabricam hardware de terceiros, como rastreadores Bluetooth e smartwatches.