Lauro Chaman e Sabrina Custódia no pódio e dois recordes mundiais são quebrados no Rio de Janeiro

Atletas da equipe brasileira de paraciclismo fizeram bonito no velódromo carioca

Dois brasileiros ganharam medalhas nessa quinta-feira (21) no Campeonato Mundial de paraciclismo pista, que está sendo disputado no Rio de Janeiro. Lauro Chaman conquistou a medalha de prata na perseguição individual da classe C5. Sabrina Custódia também arrematou um segundo lugar e levou a prata nos 500m C2.

Lauro Chaman e Sabrina Custódia levaram prata

Devon Briggs e Zhangyu Li tornaram-se os homens mais rápidos do mundo nas Classes C3 e C.

O chinês Zhangyu Li é o o homem mais rápido do mundo na classe C1 com 11,641 segundos. Ele derrubou o recorde anterior do espanhol Ricardo Ten Zrgiles que fez em 12,203″ em 2022.

O neozelandês Devon Brigs superou, fechando a prova em apenas 10.919″, o recorde do norte-americano Jason Kimbal que era de 11,141″ de 2018.

Lauro Chaman fez uma ótima eliminatória na perseguição individual C5, garantindo uma vaga na final contra o francês Dorian Foulon em uma disputa direta pelo ouro. Quando chegou a hora da decisão, Foulon imprimiu um ritmo forte e conseguiu alcançar Lauro Chaman para ficar com o título mundial e deixar o brasileiro com a medalha de prata. Na disputa do bronze, o austríaco Franz-Jossef Lässer venceu o holandês Daniel Gebru para ficar com o último lugar no pódio.

O brasileiro Chaman se credenciou à briga pelo ouro após obter o segundo melhor tempo entre os 26 atletas da fase classificatória. O brasileiro se acostumou a fazer do Rio a sua casa: após duas medalhas na Rio 2016 e o título mundial no Scratch em 2018, ele conquista mais um pódio na pista carioca. Em 2023, ele ganhou dois bronzes no Mundial (Scratch e Omnium), além do ouro na perseguição individual e do bronze no contrarrelógio nos Jogos Parapan-Americanos.

Medalhistas comemoram as medalhas com seus treinadores no velódromo do Rio

“Tenho muito a agradecer a todos da nossa delegação, eu acho que cada um de nós estamos fazendo um bom papel, é muito difícil competir aqui em um nível tão elevado. Estou muito feliz e grato por estar participando de mais um campeonato do mundo e conquistar uma medalha de prata é muito importante pra mim. Acredito que o Dorian é uma grande referência hoje nessa prova, ele é campeão paralímpico e mundial, mas estamos vindo em uma evolução muito positiva e agora é focar nos próximos dias”, comentou Lauro Chaman.

Na disputa da tomada de tempo de 500m da classe C2, Sabrina Custódia garantiu a segunda medalha do Brasil no Mundial. Ela ficou em segundo lugar, com um tempo de 43s674. Ela ficou atrás apenas da australiana Amanda Reid que dominou a disputa, com 39s041. A australiana Amanda Reid defendeu o título e manteve a jersey de campeã mais uma vez.

Reid não sabe o que é perder uma prova de 500m contrarrelógio no Mundial desde 2016. Nesta quinta, no Rio, ela completou os 500 metros em 39,041 segundos e chegou ao hexacampeonato consecutivo da disputa. É a atual campeã paralímpica e, além do ouro, conquistou em Tóquio o recorde mundial na prova: 38,162 segundos. Agora, seu objetivo é quebrar sua própria marca.

Medalhista de prata, Sabrina Custódia da Silva já tem um final feliz para chamar de seu no Rio. Há dois meses, a atleta fraturou a clavícula e sequer tinha certeza se poderia realizar o sonho de disputar o Mundial em seu país. O “talvez” dos médicos e a força que vinha da família foram todo o combustível de que ela precisava. A brasileira conseguiu acelerar a recuperação, adaptar sua preparação e toda a luta culminou na conquista da medalha que tinha escapado por pouco no ano passado. Campeã parapan-americana de 500m contrarrelógio e perseguição individual em 2023, ela já tinha chegado bem perto de medalhar também no Mundial de Glasgow, ficando em quarto lugar no Omnium e no 500m contrarrelógio.

“Está sendo mais do que uma medalha de ouro. Eu não esperava esse resultado, o nosso objetivo era apenas terminar a prova e somar alguns pontos para o Brasil. Então, terminar com a prata está sendo muito mais do que esperávamos devido à queda que eu tive e ainda faz apenas dois meses que eu fraturei a clavícula, e isso mostra que basta acreditar que a gente consegue, estou muito feliz”, declarou Sabrina.

O Campeonato Mundial de paraciclismo pista no Rio de Janeiro continua até domingo (24). As medalhas de hoje foram as primeiras do Brasil nesta edição da competição, com outras podendo vir até o final da semana.

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