Universitária estrangeira sofre estupro coletivo em boate da Lapa no Rio de Janeiro

Vítima disse rapaz que conheceu em boate a convidou para um espaço usado para sexo mais reservado, conhecido como ‘dark room’, onde foi abusada

A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio está investigando a denúncia de um estupro coletivo de uma estrangeira de 25 anos dentro de uma boate na Lapa, no Centro do Rio, no domingo (31).

O caso foi registrado na noite desta terça-feira (2), após a vítima procurar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).

A estudante chegou ao Brasil em janeiro deste ano. Ela pretendia ficar no país por um ano para aprender a falar português.

Mulher prestou depoimento na Deam do Centro — Foto: TV Globo
Mulher prestou depoimento na Deam do Centro

A jovem disse que, após conhecer um rapaz na boate Portal Club – que fica ao lado de três delegacias na Rua do Lavradio –, aceitou ir com ele a um espaço mais reservado da boate, conhecido como “dark room” (quarto escuro).

Neste local, ela contou que foi estuprada por vários homens. A mulher destacou ainda que acredita que os suspeitos sejam amigos do rapaz que ela tinha conhecido anteriormente.

Como a vítima foi estuprada?

A jovem contou ainda que, durante o abuso, chegou a perder a consciência e não sabe se alguma coisa foi colocada na sua bebida, já que a festa era “open bar” – ou seja, com bebida liberada.

A mulher afirma ainda que, quando recuperou a consciência, procurou a amiga para contar a situação.

A estudante disse que denunciou o estupro a funcionários da boate, inclusive seguranças, que teriam tentado dissuadi-la de ir à delegacia e denunciar o crime. A amiga da vítima teria testemunhado toda a situação.

Nesta segunda, ela procurou a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj para denunciar o crime e fazer o registro na delegacia.

vítima quer deixar o Brasil

A vítima disse à Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj que seguiria para a Bahia na segunda-feira (1º). No entanto, agora ela diz que pretende voltar para o país de origem.

Após o registro de ocorrência, a jovem foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.

O que dizem os citados

A boate Portal Club disse que repudia veementemente o crime e que nunca irá apoiar qualquer tipo de intolerância, opressão ou violência contra mulher. O estabelecimento destacou que acolheu a vítima e informou que vai fornecer as imagens do circuito de câmeras da boate para a polícia.

A Polícia Civil informou que está realizando diligências para buscar imagens de câmeras de segurança e outros elementos que auxiliem na identificação dos autores.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), houve no estado cerca de 4 mil registros de estupros coletivos em dez anos, desde 2012.

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