Governador do Distrito Federal disse que muita gente está deixando de se vacinar dentro dos prazos
Gesto individual com repercussão coletiva, a vacinação é uma das ferramentas sanitárias mais eficazes para conter a propagação da covid-19 e da influenza, protegendo não apenas o indivíduo vacinado, mas também toda a comunidade ao redor, mitigando os riscos de que as pessoas imunizadas desenvolvam quadros graves das doenças.
No Distrito Federal e em todo país, os imunizantes contra a influenza e covid-19, além de uma série de outras vacinas de rotina, podem ser encontrados gratuitamente na rede pública de saúde e são aplicadas em dose única. No caso da gripe, a vacina adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é trivalente, ou seja, protege contra três cepas do vírus da influenza. Para o novo coronavírus, é ofertada um imunizante bivalente que atua tanto para as novas variantes quanto para a cepa original.
“Muita gente está deixando de se vacinar dentro dos prazos estabelecidos pelas normas do Ministério da Saúde”, disse Ibaneis Rocha, governador do DF
De 2021 para cá, já foram aplicadas mais de 7,3 milhões de doses da vacina contra a covid-19, sendo 687.469 doses bivalentes. Já no que diz respeito à imunização contra a influenza, o DF aplicou, desde 19 de março, 89.976 doses (27% das doses disponíveis em estoque) – uma média de 5.623 aplicações por dia
O governador Ibaneis Rocha destaca que, mesmo com os números expressivos, a cobertura vacinal do DF ainda está abaixo do ideal. “Nós temos que lembrar que estamos em um momento de crise por conta do aumento dos casos de dengue e da covid também, que está voltando”, diz. “Muita gente está deixando de se vacinar dentro dos prazos estabelecidos pelas normas do Ministério da Saúde”, prossegue o chefe do Executivo.
Quem pode se vacinar contra Covid-19 e gripe influenza?
Os prazos citados pelo governador dizem respeito ao calendário vacinal estabelecido pelo Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), que, para este ano, restringiu a aplicação das doses bivalentes de reforço contra o novo coronavírus aos integrantes do chamado grupo de risco da doença. Isto é, pessoas com maior probabilidade de sofrer complicações graves e até mesmo irem a óbito, uma vez infectadas.
De acordo com especialistas, a priorização deste público-alvo é uma ação estratégica para proteger aqueles com maior vulnerabilidade e, consequentemente, reduzir a carga sobre o sistema de saúde. A escolha também contempla a sazonalidade dos vírus respiratórios. “Nessa época do ano, em que entramos no outono, esses vírus começam a circular com maior intensidade”, explica Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF).
“Sendo assim, a vacinação é ofertada exatamente para os grupos prioritários. E esse grupo é escolhido exatamente por ser composto por aquelas pessoas que mais adoecem, mais se hospitalizam e, infelizmente, mais vão a óbito. Então é muito importante estar com a vacinação em dia e protegido para que essas situações não aconteçam”, detalha a servidora da pasta.
Fazem parte do grupo prioritário: idosos com idade superior a 60 anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; indígenas; pessoas em situação de rua; professores do ensino básico e superior; pacientes de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do sistema portuário e rodoviário urbano; integrantes das Forças Armadas; e população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
Especificamente no caso da covid-19, também é urgente a imunização de quem nunca se vacinou contra a doença ou que está com alguma das doses atrasadas. O mesmo vale para crianças com idades entre seis meses e seis anos, cuja infecção pelo novo coronavírus pode trazer riscos sérios e sequelas graves.
O brasiliense que estiver atrasado em relação às doses da covid-19 e que deseja, assim como Giovanni e Juliana, se imunizar contra o vírus da gripe deve procurar a UBS mais próxima de sua residência (confira aqui os endereços) com a caderneta de vacinação e um documento de identificação em mãos.
Pessoas portadoras de doenças crônicas devem apresentar atestados comprovando a condição clínica. Caso faça parte do grupo de profissões previsto, é preciso comprovar a ocupação profissional com crachá ou contracheque, entre outros documentos que possam identificar o trabalhador.