Dono de Porsche paga fiança de R$ 500 mil e oferece um salário mínimo por mês à família de motorista de app morto em acidente

Fernando Sastre de Andrade Filho disse por intermédio de advogado que está sensível ao momento que a família de Ornaldo da Silva Viana passa por dificuldades financeiras

O motorista do Porsche acusado de matar Ornaldo da Silva Viana em um acidente de trânsito, Fernando Sastre de Andrade Filho apresentou à Justiça nesta sexta-feira (12), um comprovante de depósito em conta judicial no valor de R$ 500 mil a título de fiança.

Sastre também ofereceu um salário mínimo (R$ 1.412) por mês à família da vítima, mas não especificou o período que duraria a ajuda financeira. Em petição apresentada nesta quinta-feira (11), a defesa do acusado diz estar “sensível ao momento” e afirma que ficou sabendo, por meio da mídia, que a família de Ornaldo passa por dificuldades financeiras.

Os defensores também dizem que, em outra oportunidade, tentaram contato verbal com os advogados da família da vítima a fim de oferecer “as assistências necessárias”, mas receberam a resposta de que “não era o momento”.

Fernando Sastre, a namorada dele, e mais um casal de amigos consumiram oito drinques de uísque com licor, além de uma caipirinha, antes do acidente que matou o motorista de aplicativo na Zona Leste de São Paulo, no final de março.

O grupo gastou mais de R$ 600 em comidas e bebidas em um restaurante, de acordo com o que consta na comanda de consumo. O drinque que mais pediram é feito com uísque, licor, xarope de limão e angostura.

Depois, foram para uma casa de pôquer e, na saída, ocorreu a batida. A polícia ainda analisa a comanda e vídeos para saber se Fernando bebeu nos estabelecimentos, mas não chegou a nenhuma conclusão.

O amigo de Fernando, Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do passageiro e ficou gravemente ferido, prestou depoimento à polícia na quinta-feira (11), horas antes de receber alta. Ele confirmou que o motorist bebeu antes de dirigir e estava alterado.

A polícia já pediu duas vezes a prisão de Fernando à Justiça, que negou os pedidos. O empresário responde aos crimes em liberdade, mas foi obrigado pela Justiça a entregar o passaporte à Polícia Federal (PF) e pagar uma fiança de R$ 500 mil. Além disso, teve a carteira de motorista suspensa provisoriamente.

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