Pesquisadora morreu em São Luís no Maranhão aos 91 anos
A professora, pesquisadora maranhense e fitoterapeuta Terezinha Rêgo faleceu na madrugada desta sexta-feira (3), no UDI hospital, em São Luís, aos 91 anos.
Terezinha estava internada há uma semana após sofrer uma queda em casa que gerou um trauma na face, além de outras lesões. Internada, a pesquisadora foi também diagnosticada com pneumonia.
Referência em pesquisas fitoterápicas no Brasil e internacionalmente, Terezinha dedicou quase 60 anos de sua vida à flora medicinal maranhense.
Doutora em Botânica, a pesquisadora foi eleita, em Cuba, representante de Etnobotânica junto à América Latina, e exerceu a função internacional de 1990 a 1994.
A professora é fundadora da Academia Maranhense de Ciências e foi Livre Docente em Botânica Geral. Ela permaneceu três anos na Universidade de São Paulo (USP), como bolsista da Capes, onde concluiu sua tese defendida em 1977 na Universidade Federal do Maranhão.
Terezinha representava no Maranhão a Sociedade Botânica do Brasil; fundou o herbário Ático Seabra; coordenou o Polo de Biotecnologia do Maranhão (MAR-BIO); foi professora titular do Departamento de Farmácia da UFMA e coordenava projetos de fitoterapia em comunidades carentes do Maranhão por meio do programa estadual Farmácia Viva.
O corpo de Terezinha será cremado na tarde de hoje e velório está sendo realizado na unidade do Salvatore no bairro Calhau em São Luís.
Terezinha de Jesus Almeida da Silva Rêgo foi homenageada pelos serviços prestados à ciência e à população carente do Maranhão, em sessão especial no Senado Federal, em 2019.
A sessão foi requerida pelos senadores Humberto Costa (PT-PE), Esperidião Amin (PP-SC), Roberto Rocha (PSDB-MA), Elmano Férrer (Podemos-PI), Weverton (PDT-MA), e senadora Juíza Selma (PSL-MT).
A homenagem do Poder Legislativo foi por sua dedicação à flora medicinal maranhense.