Passarelas substituíam pontes levadas pela água no rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado, e Pardo, em Candelária, no RS
A participação do Exército nos resgates e apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul tem sido alvos de críticas, informações falsas e até investigação sobre as Fake News.
Nesta quinta-feira (23), mais um fato chamou a atenção dos cŕíticos quanto ao despreparo das forças armadas para enfrentar a tragédia.
Duas passadeiras, espécies de passarelas flutuantes montadas pelo Exército, foram levadas pela correnteza no interior do Rio Grande do Sul.
Uma, das duas passarelas arrastadas pelas águas diante dos olhares perplexos dos soldados foi instalda pelas Forças Armadas no Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado, no Vale do Taquari, e desapareceu sob as aguas.
A outra construção dos militares também levada pelas águas foi montada pelos militares sobre o Rio Pardo, em Candelária, no Vale do Rio Pardo.
A Operação Taquari 2, iniciada pelo Exército para auxiliar nos resgates no estado, afirmou em nota que não houve feridos em nenhum dos dois locais.
A passadeira do Rio Forqueta já estava interditada em razão do aumento do volume e da correnteza.
“O Comando Conjunto da Operação Taquari 2 já está providenciando outra passadeira para o local, a fim de atender a população. Ela será lançada assim que as condições de segurança do rio e climáticas permitirem”, diz o comunicado.
Já a passadeira do Rio Pardo “se rompeu enquanto os militares realizavam a sua desmontagem”. O local também estava interditado.
A passadeira do Rio Forqueta havia sido montada no dia 15 de maio, depois que a ponte da ERS-130 ficou destruída. Já a passadeira do Rio Pardo foi montada no dia 16, depois da queda da cabeceira da ponte da RSC-287.
A tragédia climática no Rio Grande do Sul atormenta a vida dos gaúchos sobreviventes
O Rio Grande do Sul tem agora 163 mortes confirmadas em decorrência das tempestades com grande volume de água que provocaram cheias, deslizamentos desmoronamentos e outras situações graves em todo o wstado.
Os temporais e cheias castigam os gaúchos desde 29 de abril. Em boletim divulgado às 9h desta quinta-feira (23), a Defesa Civil ainda informou que 72 pessoas ainda estão desaparecidas.
O estado tem 806 pessoas feridas e 647,4 mil pessoas fora de casa, somando quem está em abrigos e quem está desalojado, ou seja, está na casa de parentes ou amigos.
As criticas ao despreparo das Forças Armadas não são apenas informações falsas. São sobre fatos reais.
As cenas correram o mundo.
Soldados do Exército auxiliam no resgate de vítimas no Rio Grande do Sul desde o dia 30 de abril, mas se envolvem em situsções embaraçosas.
Os vídeos foram compartilhados nas redes sociais e mostram soldados do Exército brasileiro ilhados durante o auxílio de resgate no Rio Grande do Sul. Nas imagens, os militares aparecem sentados sobre os quatro caminhões quase que totalmente submersos. Civis passam pelo local de barco, mas não param para prestar apoio.
O caso ocorreu em Porto Alegre, na avenida Ernesto Neugebauer. O áudio do vídeo afirma que quatro caminhões do Exército estariam voltando do local, por não ter “coragem de entrar na água”. Diz ainda que os militares deixaram o local sem levar ninguém para “as áreas de escape”. As republicações desse conteúdo acusam o Exército de se recusar a transportar os afetados pelos alagamentos, enquanto jipeiros e voluntários sem aparatos estariam realizando salvamentos.
Sobre esse caso, o Exército comunicou que “no momento em que os caminhões aparecem no vídeo estava sendo realizado um reconhecimento para manobrá-los, visando buscar um grupo de militares que já se encontrava resgatando famílias dentro de casas alagadas”, apesar de as imagens nitidamente mostrarem que os carros não tinham condições de sair do local.
A corporação afirma que, após o resgate, as famílias foram embarcadas nos veículos oficiais, mas que isso foi omitido nos vídeos, mas o Exército não disponibiluzou video oy imagem sobre essa versão.
Outra postagem viral mostra um homem discutindo com um militar que dirige um caminhão. Enquanto isso, pessoas ajudam uma idosa a sair de uma área alagada. A legenda afirma que o Exército “se negou a ajudar, ignorando o pedido, mesmo com o caminhão parado às margens da BR-290 em Eldorado do Sul”. Ao final da sequência de imagens, o caminhão militar deixa o local. Sobre esse vídeo, o Exército comunicou que as viaturas do órgão estão sendo utilizadas em diversas missões de resgates e transportes. “No vídeo em questão, não fica claro o diálogo travado entre o militar e o popular. Observa-se apenas que a senhora já havia sido resgatada por populares, aparentemente em segurança.”, disse o Exército.