Júlia, a namorada do empresário morto, se entregou ontem e tinha veneração por Suyany, diz delegado
Segundo o que delegado Marcos Buss, da 25ª DP em Engenho Novo, declarou nesta quarta-feira (5) as investigações apontam que a cigana Suyany Breschak foi a mandante do “crime do brigadeirão”.
A defesa de Suyany nega.
A mulher se apresenta como cigana, está presa desde o dia 29 e tem mais de 300 mil seguidores nas redes sociais.
Além da posse do carro, a Polícia Civil afirma que a cigana tentou vender joias e outros objetos de valor de Luiz Marcelo que foram entregues por Júlia.
Júlia Cathermol, suspeita de ter matado Luiz Marcelo Antônio Ormond, se entregou nesta terça-feira (4).
Podemos falar com bastante segurança que há elementos nos autos, muitos elementos indicativos, de que a Suyany seria a mandante e arquiteta desse plano criminoso”, afirmou Buss.
“A Júlia tinha uma grande admiração, uma verdadeira veneração pela Suyany”, disse o delegado. “O que está sendo confirmado por todos os elementos reunidos até o momento, embora não saibamos explicar bem por quê, é que Júlia realmente faria pagamentos mensais para Suyany”, detalhou o delegado.
“Essa relação já vinha se desenrolando há muito tempo. Suyany tinha uma influência muito grande sobre Júlia.”
Buss afirmou ainda que Suyany instruiu Júlia a moer o Dimorf, um medicamento à base de morfina, e acrescentar no brigadeirão. “A própria Suyany teria procurado informações sobre a aquisição de tal medicamento”, destacou o investigador.
O empresário era herdeiro e tinha patrimônio, principalmente, em imóveis. Luiz Marcelo e a namorada se conheciam há, pelo menos, 11 anos, entre idas e vindas no relacionamento, e se reaproximaram nos últimos meses. Eles moravam juntos no apartamento do Engenho Novo.
O corpo dele foi achado no sofá da sala, ao lado de cartelas de remédio. Havia dois ventiladores ligados na cena do crime em direção à janela. Para os investigadores, isso era uma estratégia para aliviar o cheiro do cadáver.
O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que ele morreu de 3 a 6 dias antes de o corpo ser achado.
O empresário chegou a dizer para uma amiga que iria se casar com sua assassina.