Espécie de grande primata é descoberta por cientistas na Alemanha

Atualmente a categoria conta com animais como gorilas e chimpanzés

Uma espécie de primatas nunca vista antes, foi identificada por cientistas e seria o menor já identificado da categoria, que atualmente conta com animais como os chimpanzés e o gorilas.

Gorilas, Chimpanzés e outros grandes primatas são normalmente associados à África (ou à Ásia no caso do Orangotango), mas no passado a Europa já foi habitat de alguns dos maiores símios do planeta, e uma nova espécie foi descoberta recentemente na região.

Os grandes símios que hoje estão apenas na África e no Sudeste Asiático já estiveram na Europa no passado, mas foram extintos durante o Mioceno Superior, um período entre 11,63 milhões e 5,33 milhões de anos atrás, quando houve uma grande mudança climática no continente e os alimentos podem ter se tornado escassos. 

Batizado de Buronius manfredschmi, o novo grande símio nunca foi visto e tem um peso estimado em cerca de 10 quilos, o que faz dele o menor já classificado nessa categoria. A pesquisa foi publicada na revista PluS ONE e estima que o animal tenha vivido há cerca de 11 milhões de anos.

Buronius manfredschmi, teve peso estimado em cerca de 10 quilos

Os cientistas encontraram amostras da nova espécie em um poço de argila em Hammerschmiede, no sudeste da Alemanha, em uma camada datada do final do período Mioceno.

As amostras de dentes coletadas indicam que os Buronius eram escaladores de árvores habilidosos que comiam uma dieta de alimentos macios, como folhas.

grandes primatas
Os dentes fossilizados de Buronius manfredschmidi sugerem que era um cara muito pequeno. Böhme et al., PLoS ONE 2024 ( CC-BY 4.0 )

Outro grande primata também viveu no mesmo local

Um detalhe interessante é que o Buronius não foi o único grande primata a ter vivo na região. Em 2015, pesquisadores identificaram no mesmo sítio arqueológico indícios do Danuvius guggenmosi, outra espécie de símio até então desconhecida.

Isso faz com que os dois animais tenham compartilhado a região no mesmo período. Os cientistas acreditam que eles viviam em harmonia pois tinham hábitos diferentes. Os Danuvius tinham um esqueleto ereto, indicando que eles andavam em duas pernas e viviam principalmente no chão, enquanto seu colega mais recente era, provavelmente, um grande escalador.

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