INSS: Informações de beneficiários foram vazadas em invasão que levou senhas e dados

Órgão suspendeu senhas e revisa protocolos depois de brecha ter sido utilizada para fraude

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou nesta segunda-feira (24) que há fortes indícios de que informações sigilosas de aposentados e benefíciários vazaram por brechas em seu sistema.

Milhões de beneficiários do INSS ficaram expostos a usuários externos, que puderam acessar as informações sem o devido controle do órgão. A descoberta levou ao desligamento do chamado Suibe (Sistema Único de Informações de Benefícios) no início de maio e paralisou a produção de estatísticas da Previdência Social.

A vulnerabilidade do sistema do INSS foi confirmada pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto,

Segundo o INSS, gestões passadas firmaram acordos de cooperação com órgãos governamentais que também têm acesso aos dados, e não havia controle sobre senhas concedidas anteriormente. Essas senhas foram suspensas em maio, e, pelo novo procedimento instaurado, agora é preciso ter validação em duas etapas por VPN, o que, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão, “vai dificultar o acesso malicioso de informações”.

O INSS informa que, devido ao aumento de solicitações de informações – detectado pelos setores de monitoramento do INSS e da Dataprev –, o sistema o Suíbe, antes acessível por senha e login por outros órgãos e servidores, teve a sua política de segurança atualizada. Agora, é preciso utilizar certificado digital e criptografia para ter acesso ao sistema“, informou nota do INSS.

Segundo o órgão, não é possível liberar novos benefícios por meio do sistema acessado, mas ele contém dados cadastrais de pessoas com valores já concedidos, entre outras informações. O órgão informou que não é possível saber, até o momento, quantos vazamentos aconteceram.

Segundo a assessoria de imprensa do INSS, as reclamações na ouvidoria envolvendo empréstimo consignado caíram para pouco mais de 400 em maio, após a suspensão das senhas.

Entre janeiro e março, a média foi de mais de 900 registros de ocorrência por mês. Em abril, foram 553.

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