Corrupção: Diretor do INSS demitido por descontos de aposentados feitos por contratos suspeitos

Saiba como funcionava esquema que levou à demissão de diretor do INSS André Fidelis

Após meses de denúncias sobre fraudes em contratos que descontam ilegalmente parte dos recebimentos de aposentados, o INSS finalmente demitiu André Fidelis, responsável pelo setor.

Diretor de benefícios do órgão, André Fidelis, foi demitido nesta sexta-feira (5).

Os descontos sobre os pagamentos feitos pelo INSS a idosos e pensionistas movimentou mais de R$ 2 bilhões entre 2023 e 2024.

O dinheiro subtraído dos aposentados foi destinado a pelo menos 29 entidades, que ofereciam serviços como planos de saúde e seguros, em contratos suspeitos, muitos sem nem o conhecimento do beneficiário ou de forma enganosa.

Aposentados que tinham os valores descontados sequer sabiam que eram associados às empresas, por meio de “acordos de cooperação técnica” fraudulentos.

Mais de 60 mil aposentados já processaram essas empresas por descontos indevidos, com indícios de fraude.

Milhares de aposentados não sabem que foram filiados as empresas e associações sem autorização.

Fidelis era o responsável por assinar termos de cooperação entre o INSS e as entidades Mo ano passado as denúnciasaumentaram em volume expressivo. Mesmo com as denúncias, as irregularidades na filiação de idosos, continuaram em 2024 com sete novos termos de cooperação assinados neste ano.

Parte dessas associações é ligada a um mesmo grupo de empresários e havia até associação fantas.a instalada em uma sala vazia em São Paulo quando obteve seu termo de cooperação assinado por Fidelis.

A CGU investiga o caso, mas não informou se acionou a Polícia Federal para investigar os fortes indícios de corrupção que podem envolver até planos de saúde beneficiados pelo esquema que Lesa os aposentados.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, minimizou a exoneração do diretor de Benefícios. O ministro acrescentou que os setores da Previdência e do INSS, auxiliados pela Polícia Federal (PF), seguirão tocando as apurações e que a investigação é feita “dando amplo direito de defesa a cada cidadão para depois se ter um resultado”.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não comentou o caso.

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