Pelo menos 71 pessoas teriam morrido, em Al-Mawasi segundo o ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo Hamas
Um ataque aéreo de Israel ao sul de Gaza neste sábado (13) deixou pelo menos 71 palestinos mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
Israel afirma que o alvo principal era um oficial militar do Hamas, Mohammed Deif, líder das Brigadas Qassam do Hamas.
Segundo Israel, o ataque aéreo teve como base informações de inteligência em Al-Mawasi, um campo a oeste da cidade de Khan Younis.
Os militares israelenses afirmaram que estavam verificando se Deif havia sido morto no ataque. Deif foi alvo ao lado do chefe da brigada Khan Younis, Rafe Salama, acrescentou o oficial de segurança.
O Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo Hamas, relatou pelo menos 71 pessoas mortas na mesma área de Al-Mawasi em ataques israelenses, com quase 300 pessoas feridas.
Os ataques atingiram uma área onde os refugiados estavam abrigados, segundo o ministério.
Imagens do local mostram moradores e equipes de resgate tentando desenterrar várias pessoas ainda presas.
Al-Mawasi foi designada por Israel como uma zona segura para os palestinos que fogem dos combates em Gaza. Os hospitais Kuwait e Nasser estão, agora, enfrentando dificuldades para lidar com o elevado número de civis mortos e feridos, disse o ministério.
O Hamas negou as alegações israelenses de que Deif e Salama seriam os alvos, chamando as mortes de “massacre horrível”.
“As alegações da ocupação de que o alvo eram os líderes são falsas, e esta não é a primeira vez que a ocupação afirma ter como alvo os líderes palestinos apenas para que as suas mentiras sejam expostas mais tarde”, disse um comunicado do grupo.
Mohammed Deif teria nascido na década de 1960, é um fabricante de bombas que esteve por trás de uma onda de quatro ataques suicidas em 1996 que mataram 65 pessoas em Jerusalém e Tel Aviv, além de outros atentados destinados a inviabilizar o processo de paz.
O seu nome completo é Mohammed Diab Ibrahim al-Masri, mas ele ficou conhecido como El Deif (o Convidado), porque, durante décadas, ficou em casas diferentes todas as noites para evitar ser rastreado e morto por Israel.