Casal imita macacos e segurança diz que outros argentinos fizeram gestos racistas em samba no Rio de Janeiro

Seguranças do samba Pede Teresa, onde os atos racistas foram filmados, serão ouvidos pela polícia que tenta localizar os racistas

Seguranças que trabalhavam na roda de samba do Pede Teresa, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, afirmam que argentinos que estavam no local imitaram macacos na saída do evento, na última sexta-feira (19).

Esses seriam outros casos de racismo no mesmo local, além do ato flagrado pela jornalista Jackeline Oliveira, que gravou um casal imitando gestos e sons de macacos enquanto músicos se apresentavam no samba.

Segundo o músico e organizador da roda de samba Pede Teresa, Wanderson Luna, os seguranças serão ouvidos na delegacia que investiga o caso de racismo.

“A delegada falou que seria importante o depoimento dos seguranças que viram. A gente foi entrar em contato com os seguranças para tentar entender melhor e pegar mais informações. Eles falaram que havia outros argentinos imitando macacos na saída do evento“, relatou Luna.

No vídeo gravado durante o samba é possível ver que o casal flagrado começa a imitar macacos de forma chamativa, no meio de outras pessoas e durante a apresentação dos músicos.

Eles pulam e fazem barulhos como macacos. Em determinado momento, a mulher chega a fingir que cata alguma coisa na cabeça do companheiro e come, imitando mais um gesto comum dos macacos.

O casal filmado é formado por um brasileiro morador do Rio de Janeiro e uma argentina que estava na cidade para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) quer saber se a argentina filmada imitando um macaco em uma roda de samba na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, ainda está no Brasil. A Polícia Civil enviou um ofício ao consulado argentino.

A delegada titular, Rita Salim, quer ouvir a versão dela e do brasileiro que aparece com ela imitando os mesmos gestos. O homem também está sendo procurado.

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