O arroto do boi, um vilão silencioso no combate às mudanças climáticas
Você já imaginou que o simples ato de um boi arrotar pudesse ter um impacto tão grande no nosso planeta? Pois é, a pecuária, especialmente a bovina, é uma das principais fontes de emissão de metano, um potente gás do efeito estufa.
Mas como podemos diminuir esse problema?
A ciência em ação para um futuro mais verde
Pesquisadores ao redor do mundo estão dedicados a encontrar soluções para reduzir as emissões de metano provenientes da pecuária.
No Brasil, que tem o segundo maior rebanho do mundo, técnica com suplementação alimentar na ração, na qual são acrescentados aditivos que diminuem a quantidade de bactérias metanogênicas no rúmen do boi.
Existe uma vasta gama de opções de aditivos com o potencial de reduzir a produção de metano durante a digestão do boi].
Aditivos como os ionóforos, não ionóforos, óleos essenciais, algas, taninos”, reduzem a produçãode metano a baixíssimo custo. Os ionóforos são substâncias usadas em doses muito pequenas na ração, por exemplo.
Pesquisas da Embrapa apontam que os aditivos têm uma dupla vantagem: além de reduzirem a produção de CH4 no rúmen, contribuem para o boi ganhar peso.
Quanto mais metano um boi produz, mais energia ele perde. Portanto, quando o pecuarista usa aditivos para reduzir a produção desse gás, o boi, consequentemente, vai ter menos perda energética.
A suplementação alimentar com proteínas, como o farelo de soja, e carboidratos, como o milho moído, além de sais minerais tambémmantémo equilibrio do gado.
Uma alimentação boa é importante para fazer com que o boi chegue, em menos tempo, ao peso ideal de abate, que é de, no mínimo, 550 kg.
Algumas das principais abordagens para reduzir a emissão de gases por bovinos incluem também, ideias .ais antigas, mas validas:
- Alimentação estratégica: A dieta do gado pode influenciar a produção de metano. Ao incluir alimentos como algas marinhas na ração, é possível reduzir significativamente as emissões.
- Vacinas para o gado: Cientistas estão desenvolvendo vacinas capazes de diminuir a quantidade de metano produzida pelos microrganismos presentes no rúmen dos bovinos.
- Melhoramento genético: Através de técnicas de seleção genética, é possível criar raças de gado com menor potencial para produzir metano.
- Manejo do rebanho: Práticas de manejo mais eficientes, como o uso de pastagens de alta qualidade e a suplementação estratégica, podem otimizar a produção de carne e leite, reduzindo o número de animais necessários para atender à demanda.
O que você pode fazer - Consuma carne com moderação: Reduza o consumo de carne bovina e opte por outras fontes de proteína, como aves, peixes e leguminosas.
- Escolha produtos de fazendas sustentáveis: Ao comprar carne, leite e outros produtos de origem animal, procure por aqueles provenientes de fazendas que adotam práticas sustentáveis e investem em tecnologias para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
- Apoie projetos de pesquisa: Incentive a pesquisa em tecnologias limpas para a pecuária e apoie iniciativas que visam reduzir o impacto ambiental da produção de alimentos.
O Brasil é o maior exportador de carne do planeta e tem o segundo maior rebanho bovino do mundo, depois da Índia. São 234 milhões de cabeças de gado, mais boi do que gente (o Brasil tem 215 milhões de habitantes).
Um futuro mais sustentável para todos
Reduzir as emissões de metano provenientes da pecuária é fundamental para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Ao adotar práticas mais sustentáveis e fazer escolhas conscientes como consumidores, podemos contribuir para um futuro mais verde e saudável para todos.
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