Artista morreu na casa onde morava na cidade de Bezerros, no agreste pernambucano
Morreu na manhã desta sexta-feira (26), aos 88 anos, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, o xilogravurista J. Borges.
O poeta e cordelista pernambucano nasceu e viveu toda sua vida em Bezerros, mas sua arte ganhou o mundo.
Obras de J. Borges estão expostas no Museu do Louvre, na França, e ele já expôs em países como Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba.
J. Borges ganhou vários prêmios, como a comenda da Ordem do Mérito Cultural, o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na categoria Ação Educativa/Cultural e o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
J. Borges foi internado há duas semanas por problemas no pulmão e coração, mas recebeu alta e morreu em casa, por volta das 6h da manhã de hoje.
Conhecido como mestre da arte popular brasileira, ele só frequentou a escola por um ano. Aprendeu a ler, escrever e fazer contas. Na juventude, foi carpinteiro e pedreiro, até descobrir a literatura de cordel. Há 60 anos, virou escritor.
A imagem de uma igrejinha foi a primeira xilogravura produzida por J. Borges – um dos grandes mestres dessa arte -, primeiro esculpida em madeira e depois impressa no papel.
O artista será velado no Centro de Artesanato, que fica localizado no município de Bezerros. A data e horário ainda não foram definidos.
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