A pintura com drag queens recriando a última ceia de Cristo desagradou profundamente em diversos países como na própria França e nos Estados Unidos. Nos círculos conservadores, os episcopados estão denunciando uma “provocação” e um “insulto” ao cristianismo.
A cerimônia de abertura dos
Jogos Olímpicos de Paris 2024 , seguida
por milhões de telespectadores em todo o mundo, claramente não agradou a todos .
Um quadro exibido no evento suscitou fortes reações: a intitulada “Festividade” que começa com a imagem de um grupo à mesa, lembrando uma reprodução de “A Última Ceia”, a famosa pintura de Leonardo da Vinci que representa a última refeição de Jesus Cristo com seus apóstolos, mas
com drag queens , uma modelo transgênero e o cantor quase nu Philippe Katerine vestido de Dionísio.
Internautas consideraram ser uma referência inadequada, até “satânica” ou mesmo blasfema.
“Um insulto à religião cristã”, por exemplo, castigou um deles no X (antigo Twitter). Dentro da classe política, essa representação também fez saltar parte da direita conservadora e da extrema direita.
O bilionário americano Elon Musk na rede social X, que comprou em 2022, disse que “Foi extremamente desrespeitoso com os cristãos” . Nos Estados Unidos, as hashtags #Christian (“Cristãos”) e #LastSupper (“última refeição ”) estavam na noite de sexta-feira entre as 5 hashtags mais compartilhadas.
Na cerimônia, alguns personagens bíblicos foram retratados por drag queens, entre elas, Nicky Doll, ex-participante do reality show RuPaul’s Drag Race.
A Igreja também não permaneceu em silêncio. Num comunicado de imprensa publicado no sábado, a Conferência dos Bispos de França (CEF) lamentou uma cerimónia que “infelizmente incluiu cenas de escárnio e zombaria do cristianismo”. “Esta manhã pensamos em todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pelo excesso e pela provocação de certas cenas”, escreve também o episcopado francês.
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