Maduro vota em Caracas e diz que vai reconhecer “árbitro eleitoral”, mas há queixas de ilegalidades

Presidente da Venezuela votou logo na abertura das urnas, às 6h20 da manhã, na capital. Chavismo enfrenta neste domingo (28) eleição mais desafiadora em 25 anos com pressãointernacional contra fraudes

O Presidente da Venezuela Nicolás Maduro, qud enfrenta o opositor Edmundo González após processo eleitoral com dúvidas sobre transparência e ameaças, votou logo na abertura das urnas às 6:30 em Caracas.

Polícia impede acesso de oito representantes partidários ao maior local de votação da Venezuela

Mais de uma hora após o horário previsto para abertura dos locais de votação, a polícia impede o acesso ao maior centro de votação da Venezuela, na capital Caracas, de ao menos oito representantes partidários autorizados pelo Conselho Nacional.

Os policiais cercaram a porta de entrada enquanto representantes dos partidos mostravam certificados que permitem o acesso ao local.

Marisol Contreras, de 58 anos, representante do partido Plataforma Unitária, disse que chegou às 4h no horário local (5h, de Brasília), mas que não teve sua entrada autorizada.

Pessoas afiliadas ao governo de Maduro afirmaram que todo o pessoal necessário já estava dentro do local.

Na última sexta-feira (26), uma delegação de ex-presidentes e políticos da América Latina que iria acompanhar o pleito foi impedida de voar para a Venezuela. Segundo as autoridades, três aviões da Copa Airlines foram barrados de decolar até que o grupo se retirasse da aeronave rumo a Caracas.

O atual presidente do país surge atrás do candidato da oposição, Edmundo González, nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas por institutos que não têm ligação com a máquina estatal venezuelana.

De acordo com dados de um levantamento dos institutos Datincorp, Delphos e Meganálisis, González tem ao menos 30% de vantagem contra Maduro.

Quem é Edmundo González, opositor de Maduro na eleição da Venezuela?

O ex-diplomata Edmundo González Urrutia foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD), a coalizão de oposição, após Corina Yoris ter sido impedida de concorrer às eleições presidenciais.

Com 74 anos, já serviu como embaixador na Argélia entre 1991 e 1993. Também foi embaixador na Argentina nos primeiros anos do governo de Hugo Chávez (1999-2013). Ele também publicou diversos livros e, como membro da oposição, foi representante internacional da Mesa Redonda da Unidade Democrática entre 2013 e 2015.

O candidato de oposição à presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, em discurso durante uma reunião de campanha na sua cidade natal, La Victoria, em 18 de maio.
Edmundo González, opositor de Maduro nas eleições 2024

O ex-diplomata Edmundo González também atuou na década de 1990 nos bastidores do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mais recentemente, foi conselheiro de relações internacionais da coligação da oposição.

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