COI notifica Brasil por mensagem religiosa de Rayssa Leal em Libras

Comitê internacional contatou o COB para reforçar proíbição de Expressão do Atleta com gestos políticos e religiosos

O Comitê Olímpico Internacional (COI) notificou o Comitê Olímpico do Brasil (COB) depois que a skatista Rayssa Leal transmitiu uma mensagem religiosa por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na final do skate street feminino das Olimpíadas de Paris.

Segundo a regra 50 das diretrizes do COI, é proibido que atletas e integrantes da delegação se manifestem religiosamente e politicamente durante as cerimônias de abertura e encerramento, no campo de competição, pódios e na Vila Olímpica.

O COI não deve punir gravemente Rayssa e se limitar à notificação enviada ao COB. “Estivemos em contato com o Comitê Olímpico do Brasil e lembramos a eles das Diretrizes de Expressão do Atleta”, diz um comunicado enviado para imprensa.

O gesto de Rayssa foi feito antes da final no último domingo, 28, quando ela conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Rayssa Leal disse em libras que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”.

Falando na linguagem brasileira para surdos, Rayssa Leal citou parte de um versículo da Bíblia, João 14:6 que diz; “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”.

O ato de Rayssa Leal repercutiu nas redes sociais, principalmente sendo associando como uma luta contra a “cristianismofobia” imposto pelo Comitê Olímpico Frances na abertura dos jogos de Paris, quando um símbolo cristão, a Santa Ceia foi ridicularizada com representação dos personagens de Jesus Cristo e seus apóstolos como LGBTQIs.

Abertura das Olimpíadas de Paris 2024 ridicularizam fé cristã

Em 2023, o Ministério dos Esportes da França já havia se pronunciado sobre as demonstrações políticas ou religiosas nos jogos, determinando a proibição desses atos. A regra impediu que algumas atletas francesas não disputassem os Jogos por conta da utilização do Hijab, o véu islâmico da religião muçulmana, mas não imppediu o ataque ao cristianosmo.

O objetivo seria manter a laicidade do evento, ou seja, a imparcialidade em relação às questões religiosas, sem apoiar ou se opor a nenhuma religião, mas o próprio Comitê Olímpico Francês atacou o cristianismo na abertura dos jogos de Paris.

Rayssa conquistou a medalha de bronze em uma manobra incrível na última tentativa que fez nas Olimpíadas e tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições dos Jogos, além de demonstrar sua fé, atacada pelos organizadores do evento.

Por falar em organização, as Olimpíadas de Paris entram para a história não só pelo péssimo mal gosto da abertura ofensiva a milhões de telespectadores ao redor do mundo, mas por incidentes mais graves, como expor a saúde dos atletas de triatlo nas águas poluídas com fezes do Rio Sena.

A imagem de um atleta do triatlo vomitando depois da prova que incluiu nadar no rio Sena tomou as redes sociais.

Tyler Mislawchuk vomita depois de nadar no Rio Sena durante triatlo nas Olimpíadas de Paris 2024

Tyler Mislawchuk, que é da equipe canadense de triatlo, vomitou ao final da prova, e a imagem trouxe questionamentos sobre a qualidade da água do rio, que foi reaberto para o nado pela primeira vez em mais de cem anos proibido por ser poluído.

A Sociedade Francesa de Infectologia fez um alerta sobre o risco de contrair doenças em contato com a água do Sena, mas o COI ignorou, e apesar de constatada até a presença da bactéria Escherichia coli nas águas poluídas, as provas aconteceram lá normalmente .

Além dos coliformes fecais na água acima do limite seguro, o risco de leptospirose é grave por causa do volume de ratos na cidade que despeja seus excrementos no rio.

Segundo dados da Santé Publique France, a agência sanitária francesa, em 2022 foram diagnosticados cerca de 600 casos de leptospirose no país, mas esse número é provavelmente dez vezes maior, segundo infectologistas francêses.

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