Ditador Maduro intensifica repressão na Venezuela

Detenções em massa e desaparecimentos de ativistas se seguem de regimes de Cuba e Nicarágua

Denúncias de ONGs como a Foro Penal, que identificou 939 vítimas da repressão na Venezuela, até sábado (3) à tarde, dos quais 10% são adolescentes, se ampliam.

Maduro usa a máquina do estado para impor uma repressão chavista que se sofisticou e vem atuando intensamente também na prisão de ativistas de direitos humanos.

O governo venezuelano omite nformações sobre detidos e desaparecidos após a divulgação do resultado eleitoral na Venezuela. O ditador Nicolás Maduro diz que duas mil pessoas foram presas na última semana. Segundo Nicolás Maduro, são “vândalos, drogados e fascistas”.

A perseguição aos opositores segue os modelos arbitrários executados por Cuba e Nicarágua contra os dissidentes desses regimes. Conforme afirmou o procurador-geral Tarek William Saab, as detenções funcionam porque “depuram a sociedade”.

Maduro incentiva uma espécie de delação anônima dos cidadãos, convocando seus seguidores a usarem um aplicativo do regime ditatorial, o Ven App, para denunciar os que protestam contra o alegado resultado eleitoral do dia 28.

Assim como os Estados Unidos.e diversos países das Américas, um dia depois uma declaração conjunta de sete países europeus pedirem a divulgação das atas da eleição presencial da Venezuela, a União Europeia afirmou neste último domingo (4) que não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro.

O órgão também cobrou uma verificação independente para atestar se Maduro ou o opositor Edmundo González obteve a maioria dos votos no país.

No texto, a União Europeia destacou que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), apesar de ter se comprometido divulgar as atas das zonas eleitorais, ainda não o fez, portanto, os resultados anunciados no dia 2 de agosto não podem ser reconhecidos.

Nicolás Maduro e seus comparsas estão sob investigação do Tribunal Penal Internacional por abusos cometidos por autoridades e forças de segurança durante os protestos contra o governo em 2017. O inquérito foi aberto a partir de uma denúncia de Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e Canadá, tendo como base os relatos de execuções extrajudiciais, tortura, prisões arbitrárias, desaparecimentos e abusos sexuais.

Neste domingo passado, vários ex-funcionários chavistas, cientistas políticos e ativistas que sempre apoiaram as ideias do falecido Hugo Chávez, divulgaram um comunicado conjunto no qual perguntavam aos presidentes Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) para interceder junto ao regime para pôr fim à repressão brutal na Venezuela, que já deixou 11 mortos e quase mil detidos.

Os signatários, entre os quais os ex-ministros chavistas Andrés Izarra (Comunicação), Rodrigo Cabezas (Finanças), Oly Millán e Héctor Navarro, entre outros, destacam que, a uma semana das eleições, o país continua imerso em uma crise política em consequência do “incumprimento pelo Conselho Nacional Eleitoral das competências e obrigações derivadas da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais em vigor”. Este último, em alusão à não divulgação dos registos eleitorais por parte da CNE chavista que, na mesma noite sem apresentar provas, proclamou vencedor o ditador Maduro.

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