Ele foi ministro da ditadura nos anos 60, 70 e 80 e professor da Faculdade de Economia da USP
Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado federal, morreu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos.
Delfim Neto foi um dos mais influentes economistas do país, com papel fundamental para o chamado “milagre econômico” da ditadura militar e influência em governos de direita e de esquerda após a redemocratização.
Homem forte da economia durante o regime militar, quando foi ministro de três presidentes e deu aval ao Ato Institucional nº 5, marco do endurecimento da ditadura, Delfim também foi conselheiro informal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus dois primeiros governos.
Delfim Netto estava internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, por conta de complicações em seu quadro de saúde. A assessoria dele não informou o motivo da internação.
O ex-ministro deixa uma filha e um neto. Não haverá velório aberto, e o enterro será restrito aos familiares.