A desorganização do primeiro Concurso Nacional Unificado está sendo criticada por professores e concurseiros
Após a Internet começar a bater no primeiro Concurso Nacional Unificado (CNU), especialistas em concursos públicos dizem que a desorganização e detalhes que complicaram a vida dos candidatos podem resultar até mesmo em questionamentos judiciais.
Para se ter uma ideia, logo após a realização das ptovas ontem, domingo (18), internautas criticavam o grande número de desistência de candidatos. O termo “flopou” foi um dos mais comentados para o concurso.
Apesar do recorde de inscritos, candidatos que foram fazer as provas se depararam com salas esvaziadas. As provas aconteceram pela manhã e à tarde, com um intervalo para o almoço.
“Isso é comum, as pessoas se inscrevem e nem todo mundo consegue se preparar. A gente sabe que os números não são baixos, mas não está acima do que a gente imaginava”, disse a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dwek.
E foi um verdadeiro fracasso de frequência. O número final foi divulgado pelo governo nesta segunda (19), um dia após o exame.
Dos 2,1 milhões de inscritos, 54,12% não compareceram e apenas 970 mil candidatos fizeram as provas no último domingo (18), menos da metade dos inscritos.
O estado com mais faltantes foi o Ceará. Apenas Distrito Federal e Roraima tiveram mais da metade dos inscritos presentes.
Também houve reclamações sobre locais de prova mais distantes do que o previsto. A intenção do governo era que ninguém precisasse percorrer mais do que 100 km. Mas na Internet também há relatos de candidatos que sr deslocaram 400 km para fazer as provas.
O tempo para a realização da prova da manhã, que para o nível superior tinha 20 questões objetivas e uma descritiva, também não agradou candidatos.
“”Era um tema complicado, que precisava de raciocínio para a construção da ideia, mas o tempo foi muito curto para desenvolver o texto”, disse uma das candidatas que fez menos do que as 35 linhas mínimas propostas no certame.
Para complicar maus, o Ministério da Gestão esclareceu, na noite desta segunda-feira (19), que os candidatos que não preencheram todas as informações pedidas no cartão de respostas do Concurso Nacional Unificado (CNU) serão eliminados do certame, ao contrário do que havia dito a ministra ontem.
A decisão foi comunicada em nota após consulta à banca organizadora e consulta jurídica.
Em coletiva de imprensa, a ministra Esther Dweck havia afirmado que quem não marcou o número do gabarito não seria eliminado e que a Cesgranrio, banca do exame, faria um “esforço enorme” para identificar qual era o gabarito do candidato. No entanto, a nota do MGI voltou atrás na informação e decidiu pela eliminação dos participantes em respeito ao edital.
No cartão de resposta do CNU, era necessário, além de assinatura e impressão digital, marcar qual era o caderno de prova e o tipo de gabarito recebido. Uma complicação que ainda não havia sido enfrentada por Elaine Gomes. “”Nunca vi você ter uma desorganização dessas. As provas não eram com o nome dos candidatos. Ainda haviam três tipos e um número pequeno indicando qual tipo de prova você estava fazendo. Uma bagunça “, reclamou.
O fato de as provas não terem impressos os nomes dos candidatos também levantou suspeitas. “Essas provas ficaram meses guardadas, e nem tinham o nome dos candidatos impressos, será que todas elas chegaram nas salas de provas? Porque não tinha o nome dz cada candidato em cada prova? “ questionou um candidato no DF que não quis se identificar.
A prova contava com três gabaritos diferentes com mudança na ordem das questões.
Segundo o ministério, 500 dos 970 mil que foram ao local de provas, foram desclassificados. Muitos porque saíram com a prova. Neste certame, ninguém pôde sair com a prova, mesmo ficando até o final do tempo na sala.
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