CNU: candidatos tiveram acesso a prova da tarde no turno da manhã, assume governo

Candidata denunciou vazamento das provas nas redes sociais. Ministério da Gestão diz que o problema não afetou o sigilo das informações

Um grupo de candidatos do Concurso Nacional Unificado (CNU) recebeu no turno de provas da manhã, o caderno que deveria ser entregue somente no período da tarde.

O governo federal sabia do vazamento antecipado das provas da tarde, mas omitiu a informação da população. Confrontado com a denúncia, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu o vazamento das provas.

O erro que ocorreu em Recife (PE), foi denunciado por uma candidata nas redes sociais e só depois foi confirmado pelo Ministério da Gestão, responsável pelo concurso.

O órgão, no entanto, diz que o problema “não afetou a aplicação nem o sigilo das informações”.

Este não foi o único problema do primeiro CNU. Candidatos reclamaram de falta de nome nas provas e pouco tempo para a redação, entre outros problemas, como o despreparo dos fiscais.

Com quase 1 milhão de participantes, o chamado “Enem dos concursos” foi realizado no último dia 18 em 228 cidades do país. O resultado está previsto para sair no dia 21 de novembro.

A prova da tarde foi entregue por engano no turno da manhã a participantes do bloco 4, da área de trabalho e saúde do servidor, que faziam o exame na Escola de Referência do Ensino Médio (EREM) Jornalista Trajano Chacon, segundo a denúncia da candidata nas redes sociais.

As provas, então, foram devolvidas ao envelope aberto, e os mesmos cadernos foram entregues à tarde, de acordo com a candidata. O nome dela, inclusive, já estava anotado no papel.

A mulher também disse que, por conta do ocorrido, os candidatos pediram um tempo adicional de 11 minutos para realizar a prova da manhã, o que foi acatado pelos fiscais de sala, mas de maneira informal, sem anotação no quadro.

Ao fim do primeiro turno, a participante relatou o ocorrido à Cesgranrio, a banca responsável pelo concurso, e à ouvidoria do governo federal. Também denunciou a situação ao Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Pernambuco.

Segundo candidatos, o fato de alguns participantes terem tido acesso antecipado à prova prejudica a isonomia do concurso.

Além disso, a violação do envelope onde ficam guardados os cadernos de prova poderia permitir que uma pessoa não autorizada tivesse acesso às provas e divulgasse as questões, antes do início do turno da tarde.

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