Família denuncia “sumiço” de Marcola no presídio da Papuda em Brasília

Petição de familiares demonstra preocupação com a saúde mental do líder da quadrilha de criminosos autointitulada PCC

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da quadrlha autointitulada facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), está em regime de isolamento prolongado na Penitenciária Federal de Brasília, conhecida como Papuda.

Marcola foi condenado a 342 anos de prisão. A última condenação aconteceu em março de 2022. Os crimes vão desde o tráfico de drogas, roubos e sequestros até execuções em massa, como chacinas e até ordem para assassinar autoridades membros do judiciário.

Uma petição sobre o isolamento do marginal, que tramita em segredo de Justiça, foi encaminhada ao juiz corregedor da prisão e vazada para a imprensa.

O documento ao qual a reportagem do site Metrópoles teve acesso detalha que parentes de Marcola demonstraram preocupação com a saúde mental do preso.

Eles relataram que durante visitas da família na Papuda o criminoso apresentou sinais de desorientação e confusão, além de indicar “oscilações na percepção da realidade”.

A petição também destacou que, desde março deste ano, Marcola foi colocado em regime de isolamento total, sem contato com outros presos da unidade penitenciária.

No pedido, a defesa do marginal alegou que a situação perdura até atualmente, o que teria causado mudanças significativas no comportamento do detento e evidenciado um impacto negativo na saúde psíquica do líder do PCC.

O documento ainda ressaltou que o preso foi transferido para a enfermaria da Papuda há cerca de um mês, sem justificativa aparente. A medida reforçaria, segundo o advogado que assina a petição, Bruno Ferullo, uma intenção de manter Marcola em isolamento total.

A defesa argumentou que esse isolamento prolongado e a falta de contato social têm potencial para causar sérios danos psicológicos, inclusive com quadros de ansiedade, depressão, psicose e perda de conexão com a realidade.

A defesa de Marcola pediu autorização para que ele passe por avaliação psicológica, a fim de que sejam mensurados os impactos do isolamento na saúde mental do criminoso.

A defesa do marginal solicitou que a Penitenciária Federal de Brasília seja oficiada para justificar os motivos do isolamento prolongado do criminoso.

Breve currículo de Marcola:

A maior condenação de Marcola, equivalente a quase a metade da pena total dele, foi aplicada em 6 de março de 2013. O crime: a chacina de oito presos na Casa de Detenção, no Carandiru, zona norte, em fevereiro de 2001, durante uma megarrebelião.

Marcola e mais nove detentos foram acusados pela matança.

A Justiça o condenou a 158 anos de prisão pelos oito assassinatos.

Marcola também foi condenado a 29 anos como mandante do assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, em 14 de março de 2003 em Presidente Prudente. Pegou mais 61 anos e 6 meses pelos crimes de maio de 2006, quando o PCC matou agentes públicos e se rebelou em 71 presídios.

Em fevereiro de 2018, a Justiça condenou Marcola a mais 30 anos, dessa vez pela acusação de liderar a célula “sintonia dos gravatas”, o braço jurídico do PCC, responsável por contratar advogados para defender os interesses da organização.

Já no ano de 2006, Marcola recebeu uma pena de 12 anos de prisão. Ele foi acusado, junto com outro grupo de prisioneiros, por formação de quadrilha. O processo começou a tramitar em 2002.

2 comentários

  1. ESTAO PREOCUPADOS COM ELE, PORQUE? QUER SE MATAR? PERDE TOTALMENTE A SALVACAO.
    ESTAO MUITO PREOCUPADOS COM UM SER DESSE.

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