Médicos do DF entram em greve desobedecendo decisão judicial

TJDFT proibiu greve dos médicos e fixou R$ 200 mil de multa diária por dia

O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal descumpriu uma decisão judicial e declarou estado de greve da categoria nesta terça-feira (3).

Os médicos grevistas querem aumento no salário que já está acima dos R$ 20 mil. O sindicato exige ainda novos concursos para preenchimento de cargos vagos e preferência para mudança de local de trabalho a partir da classificação no concurso.

No último dia 27, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Fernando Habibe proibiu a paralisação dos médicos.

Fernando Habibe aumentou na sexta-feira (30), a multa diária em caso de descumprimento da determinação, de R$ 50 mil para R$ 200 mil, depois de a categoria ignorar a decisão do desembargador.

Na manhã desta terça-feira (3), alguns profissionais da saúde fizeram uma manifestação em frente ao edifício sede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

O Governo do Distrito Federal (GDF) alegou na ação contra a greve dos médicos que a manutenção de 100% dos profissionais “é essencial para a apropriada prestação de serviço público à população”.

O Executivo local acrescentou que um reajuste salarial para a categoria “afetará o delicado equilíbrio financeiro das contas públicas” e destacou que, em geral, a remuneração desses servidores supera os R$ 20 mil, “bem acima da média [de outras categorias] no DF”.

O governo mencionou, ainda, que todos os servidores distritais receberam, em julho de 2024, a segunda parcela do aumento de 18%.

Sobre a realização de mais concursos e pela preferência na escolha da lotação, o GDF disse que “há certame vigente que teve a formação de cadastro de reserva sem limitação de candidatos, sendo nítidos os esforços para nomeação contínua dos aprovados”.

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