Ministério da Saúde libanêsdiz que , que 1.645 pessoas ficaram feridas, em bombardeios de Israel
O Ministério da Saúde do Líbano atualizou o número de mortos e feridos em bombardeios israelenses nesta segunda-feira (23).
As autoridades disseram que 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas depois de Israel lançar um ataque aéreo amplo no país. Pouco antes, as Forças de Defesa de Israel haviam alertado a população civil para que se afastasse “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do grupo terrorista Hezbollah.
Hoje é o dia mais sangrento no país em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
Entre os mortos estão 35 crianças, 42 mulheres e também profissionais da Saúde, segundo as autoridades. Os números totais de mortos e feridos estão sendo atualizados pelo ministério da Saúde libanês ao longo do dia e ainda podem aumentar.
O bombardeio israelense desta segunda também é o mais amplo já conduzido no território do Líbano desde o início da troca de agressões entre Israel e o Hezbollah, há quase um ano.
Aliados do grupo terrorista Hamas, o grupo extremista libanês realiza bombardeios contra Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
Os bombardeios israelenses causaram pânico e geraram uma fuga em massa do Líbano.
Pela manhã, Israel atacou regiões do sul e do leste do Líbano. Mais tarde, voltou a bombardear Beirute, a capital do Líbano alvo de um grande ataque na sexta-feira (20).
Os caças israelenses atacaram cidades ao longo da fronteira sul do Líbano e no Vale do Bekaa, cerca de 30 km a leste de Beirute. Na capital, há relatos de tráfego intenso de carros saindo da cidade em direção a locais que seriam mais seguros.
Cerca de 1.300 alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), “um grande número” de integrantes do Hezbollah foram mortos no Líbano nesta segunda.
Israel afirmou que atingiu um dos comandantes do alto escalão do Hezbollah, identificado como Ali Karaki –segundo a Reuters, ele era o alvo do bombardeio israelense em Beirute. No entanto, o Hezbollah afirmou em comunicado que Karaki está bem e foi movido para um local seguro.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que dezenas de milhares de foguetes do Hezbollah foram destruídos nos bombardeios ao Líbano nesta segunda.
O ministro do Interior do Líbano disse que vai converter escolas em abrigos em Beirute, Trípoli e no sul do país para lidar com o “intenso deslocamento” de libaneses no país. As aulas em escolas e universidades foram canceladas.
Já o Ministério da Saúde libanês ordenou que as cirurgias eletivas sejam canceladas em todos os hospitais para que as unidades de saúde tenham espaço para receber os feridos nos bombardeios.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está alarmado com a escalada da situação no Líbano e muito preocupado com o grande número de vítimas civis anunciado pelas autoridades libanesas.
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, residências no Vale do Bekaa estão sendo usadas para alojar mísseis e drones, e os ataques visam atingi-los antes que eles sejam disparados.
A área fica entre aldeias cristãs e muçulmanas xiitas, e não havia sido atingida antes por ataques israelenses. O bombardeio revela que Israel está atacando uma área mais ampla do território libanês a partir de agora — antes, os bombardeios ocorriam exclusivamente no sul do país e no sul de Beirute, considerados bastiões do Hezbollah.
O Hezbollah afirma ter retaliado o ataque com o disparo de “dezenas” de mísseis em direção a Israel, tendo depósitos de armas da base militar de Nimra entre os principais alvos. Os militares israelenses confirmam 35 disparos, com alguns deles caindo em terra, sem vítimas.
O de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que havia prometido mudar o balanço de forças na fronteira norte do país, e é exatamente isso o que ele está fazendo.
Ele afirmou também que os bombardeios estão destruindo “milhares” de mísseis e foguetes que estariam apontados para cidades e civis israelenses.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, mais de 1 milhão de civis tiveram que buscar proteção em abrigos antibombas na cidade de Haifa, no norte do país.