Equipe de Rafael Greca é acusada de coagir servidores a doar dinheiro para campanha de candidato apoiado por ele em Curitiba
Um servidor da Prefeitura de Curitiba chorou ao ser coagido a ter que “doar” dinheiro para a campanha de Eduardo Pimentel (PSD), candidato apoiado pelo atual prefeito, Rafaek Greca.
Um áudio obtido pelo site Metrópoles mostra o superintendente de Tecnologia da Informação da prefeitura de Curitiba, sob o comando de Rafael Greca, Antônio Carlos Pires Rebello, coagindo os servidores a “comprarem” convites de R$ 3 mil para um jantar da campanha de Eduardo Pimentel, que aconteceu no dia 3 de setembro.
As prantos, o servidor disse que não dispunha de valores como aquele e que não iria pagar o convite. Ele disse ainda que estaria passando dificuldade em casa e que estava sendo obrigado pelo prefeito a doar dinheiro para a campanha.
O superintendente de Tecnologia da prefeitura, responsável pela coação, retrucou que todos tinham problemas e que não iria mais discutir com o servidor porque senão iria “demiti-lo”.
Todos os servidores coagidos são concursados e possuem fundo de gratificação.
Rebello orientou que eles fizessem o repasse por contas bancárias de parentes ou amigos próximos, para que não fossem identificados. O superintendente de Tecnologia da Informação disse ainda que o esquema era “ajuda para a campanha” e que seria “melhor do que fazer caixa 2”.
“É ilegal porque você estão nos obrigando a fazer a doação”, disse um dos servidores na reunião.
Os convites tinham valores de acordo com os níveis de gratificação dos servidores. Na gravação, Rebello citou três “preços”: R$ 3.000, R$ 1.500 e R$ 750.
Os servidores questionaram o superintendente de Tecnologia se “comprar o convite” garantiria o cargo e a função gratificada, caso Pimentel seja eleito. Rebello respondeu que nada seria garantido mas que “ajuda a continuar”.