Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de plano para matar Lula, concluiu a Polícia Federal
O relatório da Polícia Federal (PF) , que deve ser apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Informação está no relatório final que pode até ser entregue ao STF ainda nesta quinta-feira (21).
A PF indiciou Bolsonaro e aliados no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, depois do resultado das eleição presidencial de 2022.
Ex-ministros como o general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, também estão no relatório final das investigações.
A PF concluiu o relatório dos atos golpistas nesta quinta-feira (21) e deve encaminhá-lo para o seu relator no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, que irá encaminhar o documento para parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A PGR deve decidir se já faz uma denúncia ao STF ou pede novas investigações ao próprio tribuanl que estáatuando tambémcomo investigador, além de julgador.
Segundo os policiais federais destacados como investigadores, o relatório estaria muito bem embasado e para apontar a responsabilização de Bolsonaro e dos demais integrantes de seu entorno, de maneira contundente.
Apesar da gravidade do relatório, a Polícia Federal não pede a prisão de Bolsonaro que poderá ser complementada posteriormente, segundo vazaram os investigadores hoje.
Agora de tarde, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, está depondo em interrogatório conduzido pessoalmente pelo ministro Alexandre de Moraes na sede do STF.
Na terça-feira (19), os envolvidos na elaboração do suposto plano golpista foram presos pela PF.
O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, dado à PF naquele dia, foi o último para a corporação finalizar o inquérito que apura a trama golpista.