Policia tenta prender ex-motorista da socialite dos baralhos Regina Lemos

José Marcos Chaves Ribeiro é acusado de tentativa de feminicídio, sequestro e cárcere privado, violência psicológica e furto contra a socialite Regina Lemos Gonçalves

Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrada na manhã desta terça-feira (27) pela Polícia Civil tem como alvo José Marcos Chaves Ribeiro, ex-motorista da socialite Regina Lemos Gonçalves.

A Operação Damas de Ouro tenta prender o homem acusado de tentativa de feminicídio, sequestro e cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado contra a socialite carioca, de 88 anos, viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, famosa marca de cartas de baralho.


A família acusa o ex-motorista de tê-la mantido, durante 10 anos, isolada em casa, sem contato com amigos e parentes. A decisão judicial, que transformou José Marcos em reú, foi baseada em uma investigação da 12ª DP (Copacabana), que começou em novembro do ano passado.


Regina Lemos conseguiu uma medida protetiva contra o ex-companheiro

A socialite era deixada com fome e sede pelo ex-motorista, segundo o relatório da Polícia. Ela dormia em poltrona e ficava sem comer, conclui relatório.


O ex- motorista da socialite, José Marcos foi indiciado pelo delegado Ângelo Machado, da 12ª Delegacia de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, em julho.

José Marcos cometeu delitos previstos no Estatuto do Idoso, deixou de cumprir, retardar ou frustrar a execução de ordem judicial, expôs a perigo a integridade e a saúde física ou psíquica do idoso e cometeu crime de violência psicológica contra a mulher, segundo o delegado.

A polícia também destituiu José Marcos da função de curador e o proibiu de se aproximar de Regina Lemos.

“Destituição da curatela de José Marcos Chaves Ribeiro, com nomeação de um familiar ou outro curador, mediante a um termo de responsabilidade, na forma dos artigos 44 e 45 inciso I do Estatuto do Idoso, que dispõe sobre as medidas específicas de proteção ao idoso, devendo-se atentar para a real condição de vulnerabilidade e risco da vítima”, continuou o delegado Ângelo Machado.

Declarações
De acordo com o laudo pericial psiquiátrico forense feito pela perita legista médica Sandra Greenhalgh em maio, Regina Lemos “apresenta demência vascular não especificada”. Contudo, a especialista destaca que a condição não afeta a “credibilidade das declarações prestadas” pela mulher de 88 anos.

“Trata-se de doença mental, mas esta [a periciada] não apresenta no momento alterações clínicas, que alterem sua capacidade mental de entendimento e determinação e consequentemente a credibilidade das declarações prestadas”, escreveu a perita legista médica no laudo.

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