Em política, tudo pode.

Você sabe as raízes dessa bagunça toda que está acontecendo no Brasil nos dias de hoje?

Por Victório Dell Pyrro

Caríssimo leitor, essa balburdia generalizada, que infecta as três esferas do poder, só pode ter começado com Fernando Henrique Cardoso, o “pavão misterioso”.

FHC tinha sido eleito presidente da República por duas vezes, fizera um excelente mandato, deixou o legado do Real que quando saiu, ele era mais forte que o dólar, além disto, naquela época, o PSDB tinha os melhores nomes políticos. Eram, por incrível que pareça, políticos sérios do Brasil para poder substituí-lo no final do seu segundo mandato.

Pois bem, naquela ocasião, FHC estava com mais de 75 anos e nós brasileiros tínhamos um grande economista e engenheiro civil que havia feito uma revolução no SUS e que estava apto para poder assumir a cadeira de presidente da República: José Serra.
Mas aí, é que vem o poder destrutivo da política de bastidores, FHC,mordido pela mosca azul do poder, não apoiou o seu colega de partido para substituí-lo no cargo de presidente da República. Fez corpo mole, e passou até a elogiar o Lula, com contundência de campanha eleitoral. Em síntese, esqueceu-se da importância da fidelidade partidária e de princípios. FHC, o “pavão misterioso” Sabia que se Serra fosse eleito faria uma grande mudança na saúde do Brasil e seria reeleito, e ele não poderia voltar ao poder dentro dos próximos oito anos.

Para o pavão seria muito tempo, principalmente com a idade que já tinha. Optou pelo seu projeto pessoal e não pelo bem do Brasil. Acabou perdendo tudo, poder prestígio e honorabilidade. FHC avaliava Lula como ignorante, que faria barbaridades no poder e todos se lembrariam dele e assim nas próximas eleições ele seria reeleito pela terceira vez. Esqueceu que o Lula era um tremendo político. Astuto, sabia transitar bem e engoliu todo mundo, inclusive o próprio pavão com pena e tudo.

Obviamente que a tragédia se consolida por motivos óbvios, como o analfabetismo político do povo brasileiro que troca um pé de bota pela promessa de votar no marginal e só pega o outro pé, quando o malandro é eleito.

“Estudos apontam que o eleitorado brasileiro apresenta baixa escolaridade e dificuldade em acessar informações complexas sobre política.”, dizem os indicadores sociais.

O brasileiro não sabe votar, não se preocupa em conhecer a fundo o cenário político e não tem coragem de enfrentamento. Mal consegue enfrentar a fome e o analfabetismo que invade sua casa, muito distante da realide de eleitores de países da Europa e outros da latino América e dos países asiáticos fazem.

Nós somos o país do jeitinho que está nos levando para o buraco. Estamos caminhando para a hiperinflação que existiu na época de Sarney. Isto tudo começou com FHC quando pensou só em reeleição e não no Brasil.
A segunda vez que isto aconteceu foi quando Bolsonaro, temendo não voltar ao governo, pensando só em reeleição começou as caças as bruxas aqueles que se despontavam com líderes e destruiu quem o ajudou a ser eleito: o juiz Sérgio Moro.

Destruiu a única arma que poderia mantê-lo no poder e deixar o país livre da bandidagem contumaz.
Hoje, a infidelidade e a vontade de perpetuar no poder é maior do que o sentimento que os políticos têm de brasilidade.

Ninguém pensa no Brasil. Pensam em si mesmo.

Todo mundo acha que é maior que o outro.

Mas o fato é que ninguém é maior do que ninguém e vai chegar um tempo que todos irão para o esquecimento. Porém seria preferivel ser esquecido, sair do palco como Ulysses Guimarães, como Joaquim Roriz, ou como a Angela Merkel depois que esteve por longos anos à frente do Parlamento alemão.

Cá na nossa dura realidade, o Juiz Sérgio Moro foi destroçado por quem ele acreditava que seria a bomba contra a corrupção que assolava os poderes inclusive o judiciário e já estava chegando lá, nas suas investigações. Cortaram suas asas, derrubaram a águia com maestria. A corrupção ganhou, a quadrilha que toma conta do poder abafou todas as investigações contra sí. O Coaf e a Receita Federal e suas descobertas de dinheiro grosso transitando ilegalmente entre familiares de políticos, judicialistas e corruptores escritórios advocatícios foi sumariamente amordaçado graças a dois presidentes que amaram mais a sua permanência no poder, do qué a justiça.

Essas são as verdades que vivenciamos, nós os velhotes, retrógados, que viveram na época em que um juíz era venerado por sua honradez, incorruptível, e um político respeitado por seu desdjo de ver o bem de seu povo.

Hoje o que temos, são abnegados manifestantes que ousaram questionar o que criminoso processo que nos trouxe até aqui, sendo rastreados e enjaulados como se eles fossem os culpados por essa bagunça que virou esse país.

O poste está sendo iluminado. Quem sabe um dia a luz clareie a mente de quem finge não enxergar os fatos.

Victóro Dell Pyrro nunca vai desistir.

2 comentários

  1. Um porém: José Serra não era médico. Era engenheiro civil e economista.

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