Caso 113: PGR pede prisão imediata de Adriana Villela filha de casal assassinado

Condenada a 61 anos por planejar a morte dos pais e da empregada, filha de ministro do TSE é alvo de pedido de execução imediata da pena, mas recorre em liberdade

subprocuradora-geral da República Andrea Szilard se manifestou a favor do pedido de prisão imediata de Adriana Villela.

O pedido foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita o processo. Adriana Villela foi condenada a 61 anos e 3 meses de prisão pela morte dos pais e de uma funcionária da família, no caso que ficou conhecido como Crime da 113 Sul.

Adriana Villela chega ao tribunal para 9º dia de julgamento; ré chegou acompanhada do advogado (D), do irmão (E) e da filha

A manifestação desta segunda-feira (2) atende a um pedido de análise do ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (SJT). O magistrado não tem prazo para tomar uma nova decisão.

“As teses de nulidade apresentadas pela defesa já foram exaustivamente debatidas e fulminadas”, afirma a subprocuradora.

O pedido de prisão imediata de Villela foi feito por assistentes de acusação no processo sobre o crime da 113 Sul, quadra onde ocorreu o triplo homicídio. Eles representam a empregada vítima do delito.

A defesa usou como base a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que entendeu que é possível a execução imediata da punição após a condenação no júri popular. A determinação já foi publicada pela Corte e, portanto, já pode ser aplicada pelas instâncias inferiores da Justiça.

No pedido, eles argumentaram que, embora no caso do crime da 113 ainda existam recursos pendentes no Superior Tribunal de Justiça e no próprio Supremo Tribunal Federal, o cumprimento da pena já é possível.

“Não existe óbice para o início do cumprimento da pena fixada contra a Ré, que se trata de medida de Justiça uma vez que o crime cometido é um dos mais notórios do País e a Ré é a única dos condenados pela bárbara chacina que ainda está em liberdade apesar de decorridos 15 anos da ocorrência”, declararam.

Triplo homicídio

Adriana Villela foi condenada pelos assassinatos das seguintes pessoas:

  • Maria Villela: mãe de Adriana
  • José Villela: pai de Adriana e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
  • Francisca Nascimento: funcionária da família

O caso aconteceu em 2009 ficou conhecido como o crime da 113 sul, em referência ao endereço da família em Brasília. Os assassinatos aconteceram no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre da capital federal.

  • O pai de Adriana, José Villela, tinha 73 anos e morreu com 38 facadas
  • A mãe de Adriana, Maria Villela, tinha 69 anos e morreu com 12 facadas
  • A empregada doméstica da família, Francisca Nascimento, tinha 58 anos e morreu com 23 facadas

Os corpos foram achados, já em estado de decomposição, em 31 de agosto de 2009. A perícia demonstrou que as vítimas foram assassinadas em 28 de agosto de 2009, por volta das 19h15.

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