Desde sexta-feira (13), Banco Central interveio três vezes no mercado à vista da moeda americana para segurar altas
O Banco Central (BC) realizou, na manhã desta terça-feira (17), um novo leilão extraordinário de dólares no mercado à vista. O BC informou que aceitou sete propostas que totalizaram a venda de US$ 1,272 bilhão, à taxa de R$ 6,1005.
Analistas de mercado indicam, basicamente, um motivo para explicar a forte alta do dólar à vista nas últimas semanas – e em especial nesta terça-feira (17), quando a cotação chegou a R$ 6,20, por volta das 12h10.
No caso, trata-se da incerteza provocada pelo quadro fiscal, so governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou seja, as relações entre gastos e receitas das contas públicas federais.
Para o mercado, o governo gastar mais do que arrecadação é suicídio para a economia.
Os investidores buscam proteção contra esse cenário fiscal e ainda temem eventual “desidratação” do pacote de cortes de despesas, encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional.
O mercado já mostrou que vai comprar o que o Banco Central (BC) oferecer”, diz. “Por isso, a cotação do dólar não cai, apesar dos leilões promovidos nos últimos dias e a tendência é de instabilidade com a lentidão do governo em tomar atitudes sólidas.