Netanyahu diz que não vai cessar-fogo enquanto Hamas não recuar exigências de última hora

Primeiro ministro de Israel acusou grupo terrorista de causar crise no acordo de trégua que prevê libertação de reféns e retirada das tropas de Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira (16) o Hamas de mudar termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza e disse que o grupo terrorista causou uma “crise de última hora” no acordo.

Catar e Estados Unidos anunciaram na tarde de quarta-feira (15) o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações que se arrastaram por

Netanyahu afirmou que não vai reunir seu gabinete para aprovar o cessar-fogo enquanto o Hamas não recuar de novas exigências.

Primeiro ministro de Israel acusou grupo terrorista de causar crise no acordo

O premiê israelense tinha previsto fazer uma reunião com seu Conselho de Ministros, para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o Hamas recue.

Netanyahu não especificou quais foram os pontos que, segundo ele, o grupo terrorista disse que não vai mais cumprir. Membros do Hamas negaram o recuo e afirmaram nesta quinta que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores.

O acordo prevê o fim definitivo do conflito e a libertação de todos os reféns que ainda estão sob o poder do Hamas. Cerca de 100 pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista em Israel, em outubro de 2023, continuam na Faixa de Gaza.

A primeira fase do acordo, que já está negociada, durará seis semanas e prevê a libertação de 33 reféns. Eles serão liberados aos poucos. Durante este período, Israel se compromete a retirar parte das tropas da Faixa de Gaza e a soltar prisioneiros palestinos.

A guerra na Faixa de Gaza começou quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

A segunda fase do cessar-fogo começará a ser negociada a partir do início de fevereiro, enquanto a primeira etapa ainda estiver em vigor. A partir daí, Israel e Hamas tratarão da libertação dos demais reféns que estão com o grupo terrorista, incluindo os corpos daqueles que morreram.

Já a terceira e última fase também depende de negociações. Segundo o plano, nesta etapa serão acordados a reconstrução de Gaza e quem governará o território palestino.

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