Bolsas da Europa desabam com “tarifaço” de Trump e ameaças à UE

Investidores temem tarifas a países da UE

Assim como aconteceu na Ásia, os principais índices das bolsas de valores da Europa operavam com fortes perdas nesta segunda-feira (3), sob os efeitos do “tarifaço” imposto pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Canadá, México e China.

No último sábado, o presidente Donald Trump cumpriu a ameaça de impor tarifas aos três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, que juntos representam mais de 40% das importações do país.

Ele anunciou tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México e um adicional de 10% àquelas já em vigor sobre produtos chineses.

A medida de Trump provocou promessas imediatas de represália dos países afetados. Ao mesmo tempo, analistas alertam que uma guerra comercial pode desacelerar o crescimento dos Estados Unidos e elevar os preços ao consumidor a curto prazo.

Por volta das 8 horas (pelo horário de Brasília), o índice Stoxx 600, das 600 maiores empresas europeias listadas em bolsas, recuava 1,29%, aos 532,5 pontos.

O subíndice referente ao setor automotivo desabava 3,7%.

No último sábado (1º/2), depois de duas semanas de muita expectativa nos mercados, o governo Trump anunciou tarifas de 25% a produtos importados do Canadá e México e de 10% sobre as importações da China.

O “tarifaço” entra em vigor a partir de terça-feira (4).

Donald Trump impôs tarifas de importação

Os investidores temem o início de uma guerra comercial entre os países, possibilidade que se tornou mais concreta após retaliação anunciada pelo governo canadense.

Pouco depois das 6h30 (de Brasília), as principais bolsas da Europa operavam em baixa:

  • Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt recuava 1,87%.
  • Em Paris, o índice CAC 40 cedia 1,77%.
  • Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 caía 1,31%.
  • Em Milão, a queda era de 1,39%.
  • As perdas do índice Ibex 35, em Madri, eram de 1,21%.
  • Em Lisboa, o recuo do índice PSI era de 0,56%.

Trump disse que, neste momento, a imposição de novas tarifas à União Europeia (UE) ainda está sendo avaliada, e os investidores temem que uma nova rodada do “tarifaço” possa atingir os países do bloco.

Em relação ao Reino Unido, o presidente dos EUA não descartou impor tarifas, mas disse que a situação “pode ser resolvida”.

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