Deportado beija chão de aeroporto em BH após retornar ao Brasil: ‘muito sofrimento’

Corretor de imóveis César Diego Justino, natural do estado de Goiás, disse que a situação nos EUA está ‘muito difícil’ e que ‘não sai mais do Brasil’

O corretor de imóveis César Diego Justino, natural do estado de Goiás, beijou o chão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte como forma de demonstrar o alívio e a gratidão.

Justino chegou aos Estados Unidos em 1º de outubro do ano passado com o objetivo de trabalhar e dar uma vida melhor para a família. Porém, se entregou logo após a chegada.

“Lá está muito difícil. Eu não aconselho ninguém a fazer isso [migrar ilegalmente]. Está muito sofrido. Quatro meses detido e não aconselho ninguém a fazer isso. Lá está com muito problema, deportando todos. […] Eu cheguei lá e me entreguei às autoridades pra fazer o praxe, tudo certinho, mas não deu certo., narrou César Diego Justino.

Corretor de imóveis César Diego Justino beijou chão de aeroporto após 4 meses preso nos EUA por imigração ilegal

O goiano ressaltou a queixa de outros brasileiros a respeito das condições do voo entre Alexandria, no estado da Louisiana, e Fortaleza, no Ceará.

“Todos algemados, mais de 24 horas algemados, cara, muito sofrimento. Sem comida, sem água. Muita tristeza”, completou.

O alívio para os repatriados foi em Fortaleza. Segundo o corretor de imóveis, houve uma recepção calorosa quando aterrissaram na capital cearense.

“Eu não saio do Brasil mais. Nós somos ricos e não sabemos, de verdade. A riqueza nossa está aqui no Brasil”, concluiu.

Os brasileiros que chegaram no voo foram recebidos por uma comitiva de recepção que contou com a presença de servidores da Prefeitura de BH, do Governo de Minas e da União, incluindo a Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.

Eles foram orientados pelos servidores e recebidos no aeroporto em uma sala com acesso a água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiro.

Na tarde desta sexta, a Fecomércio, responsável pelo Sistema S, divulgou que oferecerá transporte, alimentação e hospedagem por dez dias aos deportados na unidade do Sesc Venda Nova, na capital mineira, por dez dias. Os interessados também vão receber capacitação profissional.

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