Outras criptmoedas também registram queda
A criptomoeda bitcoin amarga um momento de desvalorização e já opera abaixo dos US$ 90 mil (cerca de R$ 515 mil, pela cotação atual).
A desvalorização vem depois da euforia com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, no fim do ano passado,
Desde a posse de Trump na Casa Branca, em 20 de janeiro deste ano, o bitcoin já caiu cerca de 20%, em meio às incertezas geradas pela postura belicosa do presidente dos EUA em relação a aliados históricos do país, além da preocupação generalizada com uma guerra comercial global.
Segundo especialistas, a forte queda do bitcoin também é explicada pelo temor quanto às tarifas comerciais anunciadas pelo governo Trump, que vem atingindo os principais mercados pelo mundo.
Além do “fator Trump”, o mercado cripto segue sofrendo os impactos do maior ataque hacker da história, na última sexta-feira (21), quando a corretora Bybit reportou perdas de quase US$ 1,5 bilhão em ativos.
Projeções apontam que parte dos investidores destinam algo entre 1% e 10% de seu patrimônio para esses ativos de maior risco.
As criptomoedas, em geral, são consideradas ativos de maior risco do que investimentos em renda fixa, o que oferece oportunidade de maior retorno.
Quando a perspectiva é de inflação menor e juros mais baixos nos EUA, os criptoativos se tornam mais atraentes. Afinal, juros mais baixos diminuem a rentabilidade da renda fixa, o que anima os investidores a serem mais arrojados. Quando ocorre o contrário, elas se tornam menos atrativas.
A recente turbulência nos ativos digitais marca uma mudança brusca em relação ao rali de apetite por risco que impulsionou os mercados cripto após a vitória de Trump em novembro. Desde a posse em janeiro, o Bitcoin já recuou quase 20%, com a postura combativa do presidente contra aliados e rivais geopolíticos abalando a confiança dos investidores, enquanto persistem as preocupações com a inflação elevada.
