Mais de um quarto das mulheres empreendedoras no Brasil não se reconhecem como tal, revela pesquisa inédita do Consulado da Mulher


O Instituto, que tem a Whirlpool como principal mantenedora, apresenta a primeira pesquisa focada no nanoempreendedorismo feminino no Brasil, destacando dados relevantes sobre esse grupo

Com mais de 22 anos de atuação no Brasil, e tendo a Whirlpool — dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid — como principal apoiadora , o Consulado da Mulher – organização sem fins lucrativos que desenvolve a autonomia financeira e emocional das mulheres, por meio de ações de inclusão sócio produtivas que evidenciam suas potencialidades e garantam um ambiente seguro para que realizem suas próprias escolhas – se uniu à Engie e à Vert.se para desenvolver uma pesquisa inédita, intitulada “Nano Empreendedorismo Feminino: Desafios e Motivações”, que traz importantes insights sobre as características dessas empreendedoras.

A amostra incluiu mais de 700 mulheres de 22 estados brasileiros. Embora 97% delas tenham algum tipo de empreendimento, 25% não se consideram empreendedoras. Isso levanta a questão: a falta de maturidade do negócio é o principal fator, ou existe uma insegurança em se autodenominar empreendedora?

A maturidade de um negócio costuma ser alcançada ao longo dos anos, por meio de trabalho contínuo, estudo e dedicação. Por exemplo, 70 empreendedoras da pesquisa estão na categoria de mais experientes, com negócios funcionando há mais de 10 anos. No entanto, quase metade (48,5%) ainda está no início da jornada, com menos de 1 a 3 anos de atividade. Um grande obstáculo identificado é a dificuldade em conciliar as responsabilidades domésticas com o trabalho. Embora 64,5% dessas mulheres afirmam receber ajuda de familiares ou do marido, quase metade (47,8%) dedica cerca de 35 horas semanais aos cuidados do lar — quase a carga horária de uma jornada de trabalho CLT, que no Brasil é de 44 horas semanais, é muito mais que a média das mulheres no Brasil de 21 horas semanais.

“É essencial falarmos sobre o nanoempreendedorismo e apoiar essas mulheres para que conquistem seu espaço no mercado. Conciliar as tarefas domésticas com o empreendedorismo não é fácil, e para essas mulheres ainda mais difícil ainda. Por isso, no Consulado da Mulher acreditamos que a verdadeira transformação começa com a autonomia, o conhecimento e a força de cada uma de nós. Nosso trabalho visa promover a inclusão socioprodutiva e fortalecer mulheres para que conquistem sua independência financeira e emocional, gerando um impacto positivo nas suas comunidades”, afirma Adriana Carvalho, Diretora Executiva do Consulado da Mulher.

Desafio: empreender sozinha

A força e o desejo de empreender levam muitas dessas mulheres a gerenciar sozinhas seus negócios. A pesquisa revelou que 89% delas são responsáveis exclusivamente pelas operações. Isso pode explicar por que um quarto delas não se enxerga como empreendedora: elas administram sozinhas seus empreendimentos, com apenas 8% contando com um ou dois funcionários. Além disso, 93% desses negócios funcionam em ambientes familiares, como suas próprias casas, o que dificulta ainda mais o reconhecimento do esforço e do investimento feitos.

Embora a amostra seja polarizada quanto ao tempo de operação dos negócios, ela se mostra mais homogênea em relação à geração de receitas. Apenas 7% dos negócios geram mais de R$5.000 mensais, apontando de maneira clara os indicadores que caracterizam o nanoempreendedorismo no Brasil. Outro dado relevante é que apenas 16% dessas empreendedoras possuem seus negócios formalizados, sendo que a principal razão para a falta de formalização é a ausência de recursos financeiros (60%).

A pesquisa completa está disponível por meio do site Link. Conheça as demais ações do Consulado da Mulher.

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