Quebradeira sob Lula: Correios podem parar a partir de segunda-feira

Transportadores dos Correios podem parar a partir de segunda-feira, por falta de pagamento

Representantes de empresas de transporte emitiram uma carta reivindicatória aos Correios na qual informam que irão “suspender a execução dos transportes de cargas.

Os Correios, nas mãos do atual governo, já têm um prejuízo histórico em 2024, de 3,2 bilhões de reais. O maior da história da instituição que é comandada por um advogado do grupo Prerrogativas que atacava a Lava Jato.

A quebradeira por má gestão no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)., pode fazer os serviços de correspondências e entregas pararem na próxima segunda-feira (24).

Uma outra situação silenciosa vem ocorrendo nos últimos dias em todo o Brasil. Empresas de transporte que prestam serviços para os Correios estão com dificuldades para receber o pagamento com risco de parar todo o sistema de entregas a partir de segunda-feira (24).

A equipe de reportagem da CGN conversou com Vanderlei de Souza que tem uma empresa que presta serviço para os Correios em Cascavel e aguarda o recebimento de R$ 413 mil desde o dia 16 de março para efetuar o pagamento de postos de combustíveis e impostos que estão atrasados.

“Desde o mês passado, os Correios começaram a atrasar os valores que a gente já trabalhou, já faturou e já estava previsto para receber e eles não estão pagando. Então, tem empresa que não está recebendo desde o dia 28 do mês passado, eu as minhas faturas do dia 16. Venceram o dia 16, agora vou mês 3 e eu estou sem receber até agora, são 5 dias hoje,” explicou o empresário.

Ainda na quinta-feira, dia 20, os representantes de empresas de transporte emitiram uma carta reivindicatória na qual informam que irão “suspender a execução dos transportes de cargas em âmbito nacional” em virtude da falta de pagamentos, e, ainda do corte abrupto do valor.

“A gente fez uma carta reivindicatória, mas antes disso eu já fiz duas notificações, já mandei para o pessoal de Curitiba, porém os gestores não dão satisfação nenhuma. Eles só falam que é repassada para Brasília, que é repassada para o superior deles e eles não nos falam se vai ser pago, se não vai ser pago, quando vai ser pago. Na segunda-feira eu já tinha bastante impostos de combustíveis com pagamento atrasado devido a isso e comecei a pressionar, falei que eu ia parar a minha empresa e não tinha como mais,” explicou.

A carta ainda diz que os pagamentos não estão sendo regulares e que não está sendo cumprida a data prevista para pagamento conforme a previsão contratual. As linhas de transporte serão executadas sexta-feira (21).

“São 118 empresas no Brasil, tem empresa que tem 600 veículos, então nas grandes capitais como Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, segunda-feira será um caos total. A gente não vai rodar, a gente já informou várias vezes os gestores dos contratos e eles não nos dão satisfação, eles não informam se vai haver o pagamento, se não vai haver o pagamento. Então a única forma até de chamar um pouco de atenção sobre esse caso, a gente montou um grupo que são 118 empresários até hoje, um em situações melhores, outro um pouco pior. Eu acho que pelo que a gente acompanhou no grupo, as empresas maiores estão com mais dificuldade ainda porque o volume de saída é muito maior, então acaba dificultando um pouco mais”

Em nota, os Correios informam que os pagamentos já foram realizados. Veja abaixo a nota na íntegra:

“Os Correios enfrentaram um problema técnico no pagamento de alguns fornecedores, mas os pagamentos já foram realizados, e as compensações serão concluídas até o início da próxima semana. É importante destacar que as entregas em todo o país não foram afetadas e ocorrem normalmente”, diz a nota.

O maior rombo da história da estatal, de 3,2 bilhões de reais em 2024, está diretamente relacionado ao Prerrô.

Fora da lista da desestatização

Em 2023, Lula escolheu para a presidência do Correios o advogado Fabiano Silva dos Santos, do Prerrô.

Conhecido como Prerrô, o grupo de advogados de esquerda (Prerrogativa) ganhou pelo menos 15 postos no alto escalão do governo Lula e no Judiciário, principalmente pelos seus ataques constantes à operação Lava Jato.

A principal promessa de Fabiano Silva era afastar completamente a empresa de Correios do processo de privatização, iniciado anteriormente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O resultado é um rombo histórico, funcionários reclamando de salários atrasados e aumento de salário para dirigentes.

Mesmo com a ineficiência, revelada pelo próprio governo de Lula, os salários dos diretores saltaram de 40,6 mil reais para 46,3 mil reais.


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