Polícia internacional e Departamento de Estado norte-americano questionaram os indícios apresentados por Alexandre de Moraes
A Interpol e o Departamento de Estado dos Estados Unidos não acataram o pedido de extradição do jornalista Allan dos Santos, emitido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ).
Os órgãos sustentam que são insuficientes os indícios de crimes reunidos no pedido de extradição e por isso não foi atendido, nem a divulgação do nome de Santos como foragido internacional.
O jornalista se mudou para os EUA em meados de 2020, depois de se tornar alvo de inquéritos conduzidos por Alexandre de Moraes no Brasil. Pouco mais de 1 ano depois, em outubro de 2021, o ministro do Supremo decretou sua prisão preventiva.
Como o jornalista está fora do Brasil, Moraes determinou a abertura de um processo para extraditar Allan dos Santos, mas não obteve sucesso.
Alexandre de Moraes acusa o jornalista de lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação aos crimes de calúnia e difamação. O objetivo seria desestabilizar a democracia brasileira, segundo a denuncia. O jornalista nega ter cometido os crimes e afirma ser alvo de censura. Allan dos Santos é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
Em 2022, o magistrado mandou a plataforma suspender os perfis @allandossantos, @tercalivre e @artigo220. Na decisão, determinou que o Telegram fosse tirado do ar por 48 horas se o aplicativo não bloqueasse as páginas que, segundo Moraes, eram utilizadas para manter ataques às instituições brasileiras.

