Nunes Marques pediu vista e adiou definição de julgamento de Zambelli, que pode ser condenada à cassação do mandato de parlamentar
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e adiou a definição do julgamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está a dois votos de ser condenada a 5 anos e 3 meses de prisão, além da perda de mandato parlamentar, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
O julgamento no Plenário Virtual começou às 11h de sexta-feira (21) e seguirá até as 23h59 da próxima sexta-feira (28).
O voto do relator, ministro Gilmar Mendes, foi acompanhado na íntegra por Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Os ministros julgam um episódio ocorrido em de outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, ocasião em que Zambelli perseguiu um homem pelas ruas do bairro Jardins em São Paulo de arma em punho.
O relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, também votou para declarar a perda do mandato da parlamentar; além da cassação definitiva da autorização de porte de arma de fogo da deputada; e pelo envio da arma apreendida ao Comando do Exército.

Em nota, a deputada afirmou que tem confiança na Justiça. “Acredito que, com o esclarecimento completo dos fatos, minha inocência será comprovada”, declarou.
O advogado de Carla Zambelli criticou a forma como foi feita a sustentação da defesa no julgamento. Como o processo ocorre no plenário virtual, os advogados precisam enviar suas manifestações orais por meio de vídeos.
“Essa seria a melhor oportunidade para demonstrar que as premissas adotadas no voto estão equivocadas. Esse direito do advogado não pode ser substituído por um vídeo enviado, cuja visualização efetiva pelos ministros não é garantida”, afirmou o advogado.

