Café “Bom Demais” constrange visitantes no domingo de graça no Jardim Botânico

Governador do DF determinou entrada gratuita no Jardim Zoológico e no Jardim Botânico até o dia 21 de abril, aniversário da cidade

O que deveria ser um domingo agradável para os visitantes do parque ecológico do Jardim Botânico de Brasília, se transformou em constrangimento para algumas pessoas.

Famílias, turistas e moradores da capital aproveitaram o feriado prolongado para curtir os espaços ao ar livre em meio ànatureza.

Centenas de pessoas escolheram este domingo (20) para visitar o Jardim Botânico (JBB) que está com acesso gratuito devido ao programa do Governo do Distrito Federal (GDF), Lazer Para Todos, que estendeu a entrada franca desde a quinta-feira (17) a segunda-feira (21).

Mas o que era para ser só felicidade encontrou uma barreira logo depois do estacionamento na região central do parque.

Uma casa de café, o “Bom Demais” colocou duas mesas na calçada que dá acesso ao local, com funcionários munidos de canetas, pranchetas com listas e maquininhas de cobrança.

Para os mais desinibidos não havia problema, mas nem todos são assim, e muitas famílias paravam e formavam filas para preencherem o cadastro que, a primeira vista, parecia ser uma autorização para a entrada no local.

Acontece que o local é e deveria ser de livre acesso.

Dois casais voltaram achando que teriam que pagar para passar pelas mesas e desfrutar da natureza. Há também um outro café depois da barricada montada pelo “Bom Demais”. O local se chama “Caliandra Café”.

Para chegar ao “Caliandra Café”, quem para o carro no estacionamento teria que passar pelo portal de mesas de ” inscrição” do “Bom Demais”.

Muitos turistas sequer ficaram sabendo que havia essa segunda opção logo mais adiante e aguardavam por mesas no “Bom Demais”.

Visitando pela primeira vez o Jardim Botânico de Brasília, o Médico Cristiano Oliveira disse que achou que as mesas seriam a recepção de inscrição para entrar no local.

“Essa é a primeira vez que venho aqui, e não sabia que não tinha que passar pelo processo de entrada”, afirmou.

Cristiano Oliveira visitou o Jardim Botânico de Brasília pela primeira vez.

Já o arquiteto Vitor Oliveira, que também enfrentou a fila, disse que pensou ser obrigatório o registro para passar entre as mesas.

“Achei que fosse uma obrigatoriedade passar pela identificação e não sabia que tinha outros cafés mais adiante, explicou depois de esperar para preencher os dados solicitadospelos “recepcionistas” do “Bom Demais”.

Vitor Oliveira aguardou com a família para preencher os documentos solicitados no “Bom Demais “

Questionada pela reportagem, a gerente do Bom Demais” disse que não havia autorização para colocar as mesas reduzindo o fluxo na calçada.

“Não temos autorização, mas não creio que as pessoas estão se incomodando com a barreira, disse a gerente, que se apresentou como Lauane.

Gerente do Café disse que retiraria mesas da passagem no Jardim Botânico

A gerente afirmou que retiraria as mesas, mas até a reportagem sair do local, por volta de 12h, os objetos continuavam restringindo a passagem.

A reportagem procurou a administração do parque. O senhor Paulo Henrique, chefe de plantão disse que essa área é concessão do restaurante e que “colocar ou não as as mesas é com eles”. Afirmou.

Informado que não deveria haver concessão para obstruir a via pública, disse que o restaurante poderia colocar as mesas constrangendo a passagem dos mais tímidos.

Paulo Henrique disse que não falaria com os responsáveis por obstruir a passagem dos visitantes.

O espaço segue aberto para posicionamento da administração do Jardim Botânico de Brasília.


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