Golpes começaram em 2019 e só foram investigados em 2023 depois de denúncias da imprensa
Por enquanto, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, seguirá no cargo, uma vez que as investigações da Polícia Federal envolvendo fraudes no INSS não recaíram sobre ele, segundo avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Alessandro Stefanutto, demitido da presidência do órgão nessa quarta-feira (23), após uma operação que revelou um esquema de fraudes, é o segundo presidente do INSS a cair no atual mandato de Lula, em razão de suspeitas de irregularidades.
Anterior ocupante do cargo e também indicado por Lupi, Glauco Wamburg foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo.
Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou uma operação após investigações mostrarem que havia associações e sindicatos descontando valores na folha de pagamento de aposentados e pensionistas sem a autorização dos beneficiários, portanto, de forma irregular.
Apesar de o presidente da Sindnapi Milton Cavalo, uma das entidades suspeitas de fraudar os sistemas do INSS, ser aliado de Carlos Lupi e dirigente do partido do ministro da Previdência, o PDT, há anos, Lupi se segura no cargo com apoio de Lula.
Com a chegada de Lupi ao Ministério da Previdência, em 2023, a entidade viu sua arrecadação saltar de R$ 88,3 milhões, em 2022, para R$ 149,2 milhões no ano seguinte — alta de quase 70%. Mas o governo Lula não considera a demissão do ministro, por hora.

