Daniel Pardim foi acusado por de mentir ao dizer que não conhece pessoa que seria sua sócia
Em uma sessão movimentada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets do Senado, realizada nesta terça-feira (29), o empresário Daniel Pardim Tavares Gonçalves foi preso em flagrante por falso testemunho. A prisão foi solicitada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que afirmou que Daniel forneceu informações contraditórias e omitiu fatos considerados verdadeiros pela CPI.
Durante a sessão, Soraya Thronicke apresentou argumentos sólidos para a prisão, destacando que Daniel negou conhecer uma pessoa com quem supostamente teria uma sociedade em uma empresa de pagamento de apostas online. Segundo a senadora, essa negação configura um claro exemplo de falso testemunho, uma vez que é improvável que alguém estabeleça uma sociedade sem conhecer o sócio.

“O compromisso de dizer a verdade é fundamental em uma CPI, e não podemos permitir que depoimentos mentirosos comprometam a credibilidade de nossas investigações”, enfatizou Soraya Thronicke. “Ninguém constitui uma sociedade com quem não conhece. Ele prestou o compromisso de dizer a verdade naquilo que não o incriminasse. Mas ele também não pode omitir questões”, completou a parlamentar.
A decisão de Soraya foi apoiada pelos demais membros da CPI, e o presidente do colegiado, senador Hiran (PP-RR), determinou a prisão de Daniel, que foi conduzido à delegacia de Polícia do Senado para assinar um auto de prisão.
A lei que rege as CPIs estabelece claramente que prestar depoimento com afirmações falsas, negar ou calar a verdade é considerado crime. Como testemunha, Daniel Pardim Tavares Gonçalves tinha o dever de fornecer informações precisas e verdadeiras, o que aparentemente não ocorreu.

