Avó, mãe e neta encontradas mortas em apartamento em Belo Horizonte

Polícias arrombaram porta e encontraram avó, de 66 anos, mãe, de 40 anos, e neta, de 1 ano, em cima da cama junto com quatro cachorros

Na tarde de sexta-feira (9) de maio de 2025, uma tragédia chocou os moradores do bairro Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Três gerações de uma mesma família — Cristina Antonini, de 66 anos; sua filha, Daniela Antonini, de 40; e a neta, Giovana Antonini, de apenas 2 anos — foram encontradas mortas em um apartamento localizado na rua Mato Grosso. Além delas, quatro cães da família também foram encontrados sem vida no local.

Descoberta dos corpos

As vítimas estavam desaparecidas desde o domingo anterior, 4 de maio. Preocupada com a falta de contato, a avó paterna da criança procurou a síndica do prédio na quinta-feira, 8 de maio. No dia seguinte, a Polícia Militar foi acionada pela síndica do prédio, Raquel Moreira, depois de ter recebido a ligação da avó paterna do bebê, no final da manhã desta sexta-feira. A avó dizia que não estava conseguindo fazer contato com a família.

“Ela entrou em contato comigo muito preocupada, talvez sentindo que algo de ruim tivesse ocorrido. Eu disse que estava chegando no prédio e que iria até o [13º] andar onde elas moravam. Logo que cheguei no andar, senti um odor muito forte e chamei a polícia”, disse a síndica.

Com o auxílio de um chaveiro, os policiais entraram no imóvel e encontraram os corpos das três mulheres em um quarto fechado. No cômodo, também foram localizadas duas bandejas e uma pequena churrasqueira com carvão queimado, elementos que serão analisados pela perícia.

Cristina Antonini, de 66 anos; sua filha, Daniela Antonini, de 40; e a neta, Giovana Antonini, de 2 anos

Carta de despedida

Durante a perícia, foi encontrada uma carta escrita por Daniela Antonini, na qual ela pedia desculpas e mencionava dificuldades financeiras. A síndica do prédio, Raquel Perpétuo Moreira, relatou que a família era inquilina do imóvel há bastante tempo, embora ela pessoalmente não as conhecesse.

Daniela revelou dívidas de aluguel e conflitos com o pai da filha. No texto, também revelou não ter condições de custear o tratamento da criança, que sofria de atresia do esôfago e precisava ser alimentada por sonda.

Investigação em andamento

A Polícia Civil de Minas Gerais está conduzindo as investigações para esclarecer as circunstâncias das mortes. Até o momento, não há sinais aparentes de violência nos corpos, e a causa das mortes ainda não foi confirmada. A presença da carta e dos indícios encontrados no quarto serão fundamentais para a conclusão do inquérito.

Este caso comoveu a comunidade local e levantou questões sobre saúde mental e os desafios enfrentados por famílias em situações de vulnerabilidade.


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