Diversos países pararam de comprar toda a produção brasileira; outros, somente a regional, o que minimiza impacto da gripe aviária para exportadores
O Ministério da Agricultura atualizou nesta quinta-feira (22) a lista de países que deixaram de receber carne de frango do Brasil, depois do primeiro registrohttps://bsbrevista.com.br/2025/05/18/governo-rastreia-e-destroi-ovos-vendidos-por-granja-com-gripe-aviaria-no-rs/ de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, identificado no Rio Grande do Sul, na última quinta-feira (15).
Na nova atualização, os Emirados Árabes Unidos, segundo maior cliente da exportação brasileira, foram incluídos na lista de embargo às exportações de frango do município de Montenegro. É nele onde está localizado o foco da doença.
Alguns bloqueios valem para a produção do setor em todo o país e outros são mais localizados.
Quando os bloqueios são aplicados apenas em Montenegro, o impacto nas vendas para o exterior é praticamente zero. Isso porque há apenas um frigorífico que exporta frango no município e ele fica fora do raio de 10 km do foco da doença, afirma o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcel Moreira.
Além da inclusão dos Emirados Árabes na lista, a União Eurasiática agora está restringindo apenas as compras vindas do Rio Grande do Sul. Antes, a nação havia bloqueado a carne de frango de todo o Brasil.
Já a Arábia Saudita ampliou o embargo para o Rio Grande do Sul. Anteriormente, ele estava acontecendo apenas no município de Montenegro.
O Brasil é o maior exportador de frango do mundo. As restrições são feitas para evitar a contaminação de granjas de outros países, mas não há risco no consumo de carne de frango e ovos.
O trabalho de desinfecção da granja de Montenegro terminou na quarta-feira (21) e, a partir desta quinta, se o Brasil não registrar nenhum outro caso em 28 dias, pode se declarar livre da doença.
No entanto, o fim do prazo “não significa que todos os mercados se abrirão imediatamente”, disse o ministro da Agricultura Carlos Fávaro. “Muitos vão fazer questionamento, tirar dúvidas e é normal”, acrescentou.

