CORRUPÇÃO À MODA PETISTA: Senador é cassado por compra de votos com apoio empresarial em esquema à la Lava Jato

Por Victório Dell Pyrro

Parece que a história insiste em se repetir — e com o Partido dos Trabalhadores, o enredo é sempre parecido: corrupção, abuso de poder e o bom e velho toma-lá-dá-cá travestido de projeto político engana pobre, com baixa educação, seus maiores eleitores.

O mais novo protagonista da novela da vergonha é o senador Beto Faro (PT-PA), que teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) nesta quarta-feira (21), após ser condenado por corrupção eleitoral, compra de votos e abuso de poder econômico.

Por cinco votos a dois, o TRE decidiu, nesta semana que termina hoje sábado (24) que Faro, seus dois suplentes — Josenir Gonçalves Nascimento e Leny May da Silva Campêlo — e empresários aliados cometeram um verdadeiro festival de ilegalidades para garantir uma vaga no Senado nas eleições de 2022. Relembra o que escancarou a Lava Jato, não? Esquema com empresa, vantagem financeira, poder político comprado — tudo no pacote.

Segundo as provas analisadas pela Corte, o petista montou uma operação coordenada com a empresa Kapa Capital Facilities LTDA, cujos sócios Octávio Augusto da Fonseca Pacheco e Luiz Fernando Lisboa foram também condenados. Funcionários da empresa foram aliciados com promessas de pagamento dobrado no ticket alimentação, desde que votassem em Faro e ainda trouxessem novos eleitores. Uma espécie de “marketing de pirâmide eleitoral”.

O esquema envolvia o uso explícito da estrutura empresarial para promover a candidatura do petista, com mensagens, gravações, documentos e até contratos públicos como provas. O Ministério Público do Trabalho também entrou na jogada, fornecendo um inquérito que ajudou a desmascarar a engrenagem petista da corrupção eleitoral.

E os números, claro, escancaram a desfaçatez:

Beto Faro (PT): multa de R$ 42.564,00

Octávio Pacheco (empresário): R$ 47.884,50

Luiz Lisboa (empresário): R$ 19.153,80

Josenir Nascimento e Leny Campêlo (suplentes): R$ 1.064,10 cada

Ah, sim — como de costume, o PT nega tudo. Em nota oficial, o partido e o senador dizem confiar na Justiça (mesmo depois da condenação e com resultados recentes do STF livrando Lula podem sim), prometem recorrer e afirmam que “a verdade será reconhecida”. Curioso: sempre que a verdade aparece, o PT corre dela, mas tudo bem.

“Com a consciência tranquila e o compromisso de sempre, o senador seguirá firme na defesa da democracia”, diz a nota. A democracia da compra de votos, imagina-se. Afinal, foram mais de 1,7 milhão de votos conquistados no Pará — agora sob suspeita.

A cassação de Beto Faro é mais um episódio da saga interminável de escândalos envolvendo o PT, que parece não ter aprendido nada com os bilhões desviados revelados pela Operação Lava Jato. De Petrolão a Votolão, o partido segue fiel à sua tradição: prometer mudança e entregar malandragem.

O senador segue no cargo até decisão definitiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — porque, no Brasil, até quem é pego com a boca na botija ainda ganha tempo para discursos inflamados sobre “justiça” e “democracia”. Resta saber por quanto tempo o povo continuará pagando a conta dos que transformaram o sistema eleitoral em balcão de negócios.

Brasil, 2025. A Lava Jato avisou, mas o Supremo a calou. É insurdecedor.


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