INSS: Quem diria, delação envolverá políticos em novo Mensalão no roubo aos velhinhos e desvalidos

Acusações podem chegar a 20 parlamentares e envolvem também pagamentos mensais, algo parecido com o que foi visto no primeiro Mensalão, só que agora direto no contracheque dos velhinhos e inválidos

Por Victório Dell Pyrro

Em mais um capítulo da grotesca novela brasileira onde os vilões raramente enfrentam o merecido castigo, surge uma nova trama: Políticos eleitos estariam envolvidos até o pescoço no esquema bilionário de fraudes (roubos) com a anuência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo fontes, delações podem levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde eles tem foro com proteção garantida por lei.

Há expectativa de que acordos de delação premiada revelem o envolvimento de até 20 parlamentares de partidos do Centrão, com denúncias que lembram o escândalo do Mensalão.

Os descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas, realizados entre 2019 e 2024 é por si só um desastre sociopático, mas a presença de eleitos no esquema da quadrilha torna o caso em desastre psicosociopatico. O esquema marginal envolvia a cobrança de mensalidades não autorizadas, por meio da falsificação de assinaturas e ausência de documentação adequada. O prejuízo estimado oficialmente é de R$ 6,3 milhões, afetando diretamente milhões de brasileiros que dependem do INSS para sobreviver, especialmente idosos e pensionistas, mas esses dados oficiais são fictícias e o rombo real, ninguém nunca vai saber. Acredite.

Falando em Mensalão, vale lembrar que, apesar das condenações, muitos dos envolvidos já estão em liberdade ou cumprindo penas brandas. José Dirceu, por exemplo, condenado a 7 anos e 11 meses, já cumpre pena em casa e discursa no Congresso Nacional, com aplauso da camarilha mensaleira. Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos, teve sua pena reduzida pela “justiça” e também está em regime semiaberto. Delúbio Soares e José Genoino seguem o mesmo caminho.

Ah, o Brasil, esse país onde escândalos políticos são mais frequentes que feriados prolongados. E quando se trata de punições, parece que a “justiça” é mais indulgente com os poderosos do que uma avó com seus netinhos.

Luiz Inácio Lula da Silva, nosso eterno protagonista, foi condenado em 2017 a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. A pena foi aumentada para 12 anos e 1 mês pelo TRF-4 em 2018. No entanto, em 2021, o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações, alegando veja só que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar o caso.

No escândalo do Mensalão, embora figuras como José Dirceu tenham sido condenadas, os envolvidos já estão em liberdade ou penas brandas. Lula, por sua vez, sempre negou envolvimento direto, embora delações, como a do ex-deputado Pedro Corrêa, afirmem que ele tinha pleno conhecimento do esquema e pior era o beneficiário direto do resultado do esquemaque comprava justamente votos dos políticos pata apoiarem seus projetos de governo no Congresso.

Enquanto isso, os verdadeiros prejudicados são os contribuintes da Previdência, que veem seus benefícios serem corroídos por esquemas fraudulentos. A justiça brasileira, ao que parece, continua a ser implacável com os fracos e generosa com os poderosos e certamente o resultado seráo mesmo.

Há sim, até hoje nenhum coitado recebeu um centavo de volta do INSS.


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