PIB cresce 1,4% no primeiro trimestre, impulsionado pelo agro

Agropecuária teve melhor desempenho no trimestre, com incremento de 12,2% na economia brasileira

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o último trimestre de 2024, conforme divulgado nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação anual, o avanço foi de 2,9%. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que apresentou expansão de 12,2% no período, destacando-se como o principal motor da economia nacional no início do ano.

Destaque para a agropecuária

A agropecuária teve um papel fundamental no crescimento do PIB, com resultado que reflete uma recuperação significativa após a queda observada no final de 2024, representando a maior expansão desde o primeiro trimestre de 2023. O setor foi beneficiado por condições climáticas favoráveis e uma base de comparação baixa, além de uma safra recorde de soja, principal produto agrícola do país .

Desempenho dos demais setores

O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia brasileira, cresceu 0,3% no período, com destaque para as áreas de informação e comunicação (3%), atividades imobiliárias (0,8%) e administração pública (0,6%). Por outro lado, a indústria apresentou uma leve retração de 0,1%, influenciada pelas altas taxas de juros que impactam o consumo e o investimento no setor .

Perspectivas para o restante do ano

Apesar do desempenho robusto no início de 2025, o governo projeta uma desaceleração no crescimento econômico para o restante do ano, com previsão de expansão do PIB de 2,4%, abaixo dos 3,4% registrados em 2024. Esse cenário considera os efeitos defasados da política monetária restritiva adotada pelo Banco Central, que elevou a taxa Selic para 14,75% desde setembro de 2024, visando controlar a inflação .

O resultado do primeiro trimestre reforça a importância do setor agropecuário para a economia brasileira e destaca a necessidade de políticas que sustentem o crescimento dos demais setores, especialmente diante de um ambiente de juros elevados e desafios fiscais.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *